A síndrome de fragilidade em idosos: revisão de literatura sobre instrumentos de avaliação e escalas de classificação

Contenido principal del artículo

Mário Pinto
Mariana Pinto

Resumen

Antecedentes: O perfil de um doente frágil corresponde a uma pessoa idosa, com multimorbilidade, um estado de saúde instável e frequentemente incapacitado. A fragilidade é uma entidade clínica progressiva que pode ser prevenida e tratada, e apresenta-se como uma preocupação e uma prioridade em saúde. Para o seu diagnóstico é essencial ter disponível um instrumento válido, confiável, de fácil aplicação e que possa prever o risco de resultados adversos. Objetivo: O presente estudo tem como objetivo central identificar instrumentos especificamente desenvolvidas para avaliar e estratificar a fragilidade entre idosos a partir de informações colhidas pelos profissionais de saúde e identificar aquela que seja mais fácil de usar, segundo critérios estabelecidos pelas Normas de Consensos para a seleção de instrumentos de medida em saúde. (COSMIN) Metodologia: A revisão bibliográfica efetuada no período compreendido entre dia 1 de janeiro de 2013 e 1 de janeiro de 2018. A investigação foi conduzido por dois investigadores, de acordo com os Itens de Relatórios Preferenciais para Revisões Sistemáticas (PRISMA). Foram utilizadas a base de dados da Medline, PubMed, da Embase, da LILACS e da Cochrane Library sem restrição de idioma, definidos e organizados os descritores. Foi usado o PICO (Population Implementation Comparador Outcomes). Foram definidos á priori os critérios a serem seguidos, em relação ao tipo de estudos, medidas de diagnostico, á seleção, tamanho da amostra e á presença de vieses. As principais características de cada instrumento foram estudadas, avaliando sua potencial utilização clínica. Resultados: Dos 881 artigos selecionados, foram identificados 16 estudos com 26 ferramentas de avaliação de fragilidade. As ferramentas foram classificadas como uni e multidimensional. Os instrumentos unidimensionais são orientados para o domínio físico e da funcionalidade e estado biológico / fisiológico, enquanto as avaliações multidimensionais, baseiam-se na análise das interações dos domínios físico, psicológico e social do funcionamento humano. Foram estudados e comparadas 9 instrumentos, dos quais apenas 3 são clínicos e destes, 2 estratificam a fragilidade. Conclusão: Ainda não existe internacionalmente uma medida padrão e consensual para avaliar a fragilidade; algumas medidas são mais adequadas para rastreio nos hospitais e outras na comunidade. Os domínios que observamos nos instrumentos estudados, são de principalmente uni (físicos/ clínicos) e multidimensional (cognitivo, psicológico, social e ambiental). Dada a complexidade do diagnóstico da fragilidade e do idoso, recomenda-se o uso conjunto de ferramentas físicas e de triagem multidisciplinar. 

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Detalles del artículo

Cómo citar
Pinto, M., & Pinto, M. (2021). A síndrome de fragilidade em idosos: revisão de literatura sobre instrumentos de avaliação e escalas de classificação. Revista INFAD De Psicología. International Journal of Developmental and Educational Psychology., 2(1), 385–400. https://doi.org/10.17060/ijodaep.2021.n1.v2.2081
Sección
Artículos

Citas

Direção Geral de Saúde. Depressão e outras Perturbações Mentais Comuns. Direção-Geral da Saúde. 2017;1–104.

Turismo TDO, Demogr S, Regi NAS, Portuguesas ES, Territorial R, Territorial R, et al. Retrato Territorial de Portugal Edição 2017. 2017;1–18.

Morley JE, Vellas B, Abellan van Kan G, Anker SD, Bauer JM, Bernabei R, et al. Frailty consensus: A call to action. J Am Med Dir Assoc [Internet]. 2013;14(6):392–7. Available from: http://dx.doi.org/10.1016/j.jamda.2013.03.022

Morley JE, Vellas B, Kan GA van, al. et. Frailty consensus: A call to action. J Am Med Dir Assoc. 2013;14:392–7.

Gale CR, Westbury L, Cooper C. Social isolation and loneliness as risk factors for the progression of frailty: The English Longitudinal Study of Ageing. Age Ageing. 2018;47(3):392–7.

Fried LP, Tangen CM, Walston J, Newman AB, Hirsch C, Gottdiener J et al, Fried LP, Tangen CM, Walston J et al. Frailty in older adults: evidence for a phenotype. J Gerontol A Biol Sci Med Sci. 2001;56(3):M146–56.

Topinková E. Aging, disability and frailty. Ann Nutr Metab. 2008;52(SUPPL. 1):6–11. Direção Geral de Saúde. Depressão e outras Perturbações Mentais Comuns. Direção-Geral da Saúde. 2017;1–104.

Turismo TDO, Demogr S, Regi NAS, Portuguesas ES, Territorial R, Territorial R, et al. Retrato Territorial de Portugal Edição 2017. 2017;1–18.

Morley JE, Vellas B, Abellan van Kan G, Anker SD, Bauer JM, Bernabei R, et al. Frailty consensus: A call to action. J Am Med Dir Assoc [Internet]. 2013;14(6):392–7. Available from: http://dx.doi.org/10.1016/j.jamda.2013.03.022

Morley JE, Vellas B, Kan GA van, al. et. Frailty consensus: A call to action. J Am Med Dir Assoc. 2013;14:392–7.

Gale CR, Westbury L, Cooper C. Social isolation and loneliness as risk factors for the progression of frailty: The English Longitudinal Study of Ageing. Age Ageing. 2018;47(3):392–7.

Fried LP, Tangen CM, Walston J, Newman AB, Hirsch C, Gottdiener J et al, Fried LP, Tangen CM, Walston J et al. Frailty in older adults: evidence for a phenotype. J Gerontol A Biol Sci Med Sci. 2001;56(3):M146–56.

Topinková E. Aging, disability and frailty. Ann Nutr Metab. 2008;52(SUPPL. 1):6–11. Direção Geral de Saúde. Depressão e outras Perturbações Mentais Comuns. Direção-Geral da Saúde. 2017;1–104.

Turismo TDO, Demogr S, Regi NAS, Portuguesas ES, Territorial R, Territorial R, et al. Retrato Territorial de Portugal Edição 2017. 2017;1–18.

Morley JE, Vellas B, Abellan van Kan G, Anker SD, Bauer JM, Bernabei R, et al. Frailty consensus: A call to action. J Am Med Dir Assoc [Internet]. 2013;14(6):392–7. Available from: http://dx.doi.org/10.1016/j.jamda.2013.03.022

Morley JE, Vellas B, Kan GA van, al. et. Frailty consensus: A call to action. J Am Med Dir Assoc. 2013;14:392–7.

Gale CR, Westbury L, Cooper C. Social isolation and loneliness as risk factors for the progression of frailty: The English Longitudinal Study of Ageing. Age Ageing. 2018;47(3):392–7.

Fried LP, Tangen CM, Walston J, Newman AB, Hirsch C, Gottdiener J et al, Fried LP, Tangen CM, Walston J et al. Frailty in older adults: evidence for a phenotype. J Gerontol A Biol Sci Med Sci. 2001;56(3):M146–56.

Topinková E. Aging, disability and frailty. Ann Nutr Metab. 2008;52(SUPPL. 1):6–11.

Shamliyan T, Talley KMC, Ramakrishnan R, Kane RL. Association of frailty with survival: A systematic literature review. Ageing Research Reviews. 2013.

Rochat S, Cumming RG, Blyth F, Creasey H, Handelsman D, Le Couteur DG, et al. Frailty and use of health and community services by community-dwelling older men: The Concord Health And Ageing in Men Project. Age Ageing. 2010;39(2):228–33.

M.Gagesch, H-A.Bischoff-Ferrari BV. Head-to-head compariso of Fralty Prevalence by instroment in 5 DO-Heath countries,. 2018;1(July):3901295.

Sirven N, Rapp T. The cost of frailty in France. Eur J Heal Econ [Internet]. 2017 Mar;18(2):243–53. Available from: https://doi.org/10.1007/s10198-016-0772-7

Wyrko Z. CME ACUTE MEDICINE Frailty at the front door. Clin Med (Northfield Il).2015;15(4):377–81.

Dent E, Kowal P, Hoogendijk EO. Frailty measurement in research and clinical practice: A review. Eur J Intern Med [Internet]. 2016 Jun 1 [cited 2018 Feb 27];31:3–10. Available from: https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0953620516300279

Rolland Y, Benetos A, Gentric A, Ankri J, Blanchard F, Bonnefoy M, et al. La fragilité de la personne âgée: un consensus bref de la Société française de gériatrie et gérontologie. Geriatr Psychol Neuropsychiatr Vieil. 2011;9(4):387–90.

Hyde Z, Flicker L, Almeida OP, Hankey GJ, McCaul KA, Chubb SAP, et al. Low free testosterone predicts frailty in older men: The health in men study. J Clin Endocrinol Metab. 2010;95(7):3165–72.

Rockwood K, Song X, MacKnight C, al. et. A global clinical measure of fitness and frailty in elderly people. CMAJ. 2005;173:489–95.

Archibald MM, Ambagtsheer R, Beilby J, Chehade MJ, Gill TK, Visvanathan R, et al. Perspectives of Frailty and Frailty Screening: Protocol for a Collaborative Knowledge Translation Approach and Qualitative Study of Stakeholder Understandings and Experiences. BMC Geriatr. 2017;

Huisingh-Scheetz M, Walston J. How should older adults with cancer be evaluated for frailty? Journal of Geriatric Oncology. 2017.

Sutton JL, Gould RL, Daley S, Coulson MC, Ward E V., Butler AM, et al. Psychometric properties of multicomponent tools designed to assess frailty in older adults: A systematic review. BMC Geriatr. 2016;16(1).

Fried LP, Tangen CM, Walston J, al. et. Frailty in older adults: Evidence for a phenotype. J Gerontol A Biol Sci Med Sci. 2001;56:M146–56.

Mitnitski AB, Mogilner AJ, Rockwood K. Accumulation of deficits as a proxy measure of aging. Sci World J. 2001;1:323–36.

Coelho T. Modelo integral de fragilidade do idoso (do constructo à avaliação Tilburg frailty indicator). 2014;118.

Rockwood K, Theou O, Mitnitski A. What are frailty instruments for? Vol. 44, Age and Ageing. 2015.

Roppolo M, Mulasso A, Gobbens RJ, Mosso CO, Rabaglietti E. A comparison between uni- and multidimensional frailty measures: Prevalence, functional status, and relationships with disability. Clin Interv Aging. 2015;10.

Wei Y, McGrath PJ, Hayden J, Kutcher S. Measurement properties of tools measuring mental health knowledge: A systematic review. BMC Psychiatry. 2016;

Mokkink LB, Prinsen CAC, Bouter LM, de Vet HCW, Terwee CB. The COnsensus-based standards for the selection of health measurement INstruments (COSMIN) and how to select an outcome measurement instrument. Brazilian J Phys Ther. 2016;20(2):105–13.

Lefebvre C, Glanville J, Wieland LS, Coles B, Weightman AL. Methodological developments in searching for studies for systematic reviews: past, present and future? Syst Rev [Internet]. 2013;2:78. Available from: https://www.scopus.com/inward/record.uri?eid=2-s2.0-84888333320&partnerID=40&md5=1bfa7344c017a96b16aa52a856b510cc

Part 1 - Finding the Best Clinical Evidence. 3(3):10–26.

Tricco AC, Lillie E, Zarin W, O’Brien KK, Colquhoun H, Levac D, et al. PRISMA extension for scoping reviews (PRISMA-ScR): Checklist and explanation. Ann Intern Med. 2018;169(7):467–73.

Clegg A, Young J, Iliffe S, al. et. Frailty in elderly people. Lancet. 2013;381:752–62.

Indicate N. Newcastle-Ottawa Quality Assessment Form for Cohort Studies.: 17–8.

Donato H, Donato M. Etapas na Condução de uma Revisão Sistemática. Acta Med Port. 2019;32(3):227.

Zeng X, Zhang Y, Kwong JSW, Zhang C, Li S, Sun F, et al. The methodological quality assessment tools for preclinical and clinical studies, systematic review and meta-analysis, and clinical practice guideline: A systematic review. J Evid Based Med. 2015;8(1):2–10.

Kojima G. Frailty as a predictor of hospitalisation among community-dwelling older people: A systematic review and meta-analysis. Journal of Epidemiology and Community Health. 2016.

Green S. Cochrane Handbook for Systematic Cochrane Handbook for Systematic Reviews of. 2008;

Gobbens RJ, Assen MA van, Luijkx KG, al. et. The Tilburg Frailty Indicator: Psychometric properties. J Am Med Dir Assoc. 2010;11:344–55.

Hardy SE, Dubin JA, Holford TR, Gill TM. Transitions between States of Disability and Independence among Older Persons. 2005;161(6):575–84.

Gill TM, Gahbauer EA, Allore HG, Han L. Transitions between frailty states among communityliving older persons. Arch Intern Med. 2006;166:418–23.

Steptoe A, Shankar A, Demakakos P, Wardle J. Social isolation , loneliness , and all-cause mortality in older men and women. 2013;110(15):5797–801.