Qualidade de vida familiar: a perceção de familiares de pessoas com doença neurodegenerativa
Contenido principal del artículo
Resumen
As doenças crónicas, como as neurodegenerativas, desenvolvem efeitos progressivos potencializadores de sofrimento e desgaste, tanto no doente que as suporta, como na família que os cuida, podendo afetar a qualidade de vida familiar em diversas áreas. Objetivos: Conhecer o conceito de qualidade de vida familiar e as principais áreas afetadas decorrentes da prestação de cuidados, apresentadas pelas famílias cuidadoras de pessoas com doença neurodegenerativa. Identificar na perspetiva das mesmas as principais necessidades para bem cuidar. Métodos: Recorreu-se a um estudo qualitativo de cariz fenomenológico, com recurso a técnica do focus group com cinco familiares de doentes com doença neurodegenerativa, mediante um guião de entrevista com questões relacionadas com a perceção da qualidade de vida familiar, áreas mais afetadas e necessidades sentidas. Resultados: O material recolhido foi submetido a análise de conteúdo destacando-se como principais categorias: a qualidade de vida familiar enquanto bem-estar global; as implicações na vida social, no funcionamento familiar; as implicações emocionais e nos projetos de vida; necessidades ao nível da capacitação familiar e da retaguarda profissional. Conclusões: Os resultados evidenciam que o funcionamento familiar se altera profundamente no quadro de uma doença neurodegenerativa de um dos seus membros, o que releva a necessidade da avaliação da qualidade de vida familiar para uma intervenção eficaz na melhoria do quotidiano destas famílias.
Descargas
Detalles del artículo
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial-SinDerivadas 4.0.
Aquellos autores/as que tengan publicaciones con esta revista, aceptan los términos siguientes:
- Los autores/as conservarán sus derechos de autor y garantizarán a la revista el derecho de primera publicación de su obra, el cuál estará simultáneamente sujeto a la Licencia de reconocimiento de Creative Commons que permite a terceros copiar y redistribuir el material en cualquier medio o formato bajo los siguientes términos: —se debe dar crédito de manera adecuada, brindar un enlace a la licencia, e indicar si se han realizado cambios. Puede hacerlo en cualquier forma razonable, pero no de forma tal que sugiera que usted o su uso tienen el apoyo de la licenciante (Atribución); — no se puede hacer uso del material con propósitos comerciales (No Comercial); — si se remezcla, transforma o crea a partir del material, no podrá distribuirse el material modificado (Sin Derivadas).
- Los autores/as podrán adoptar otros acuerdos de licencia no exclusiva de distribución de la versión de la obra publicada (p. ej.: depositarla en un archivo telemático institucional o publicarla en un volumen monográfico) siempre que se indique la publicación inicial en esta revista.
- Se permite y recomienda a los autores/as difundir su obra a través de Internet (p. ej.: en archivos telemáticos institucionales o en su página web) antes y durante el proceso de envío, lo cual puede producir intercambios interesantes y aumentar las citas de la obra publicada. (Véase El efecto del acceso abierto).
Este obra está bajo una licencia de Creative Commons Reconocimiento-NoComercial-SinObraDerivada 4.0 Internacional.
Citas
Andrade, A. & Martins, R. (2011). Funcionalidade Familiar e Qualidade de Vida dos Idosos. Millenium, 40, pp.185 199.
Arantes, P. C., & Deusdará, B. (2017). Grupo focal e prática de pesquisa em Análise do Discurso: metodologia em perspectiva dialógica. Revista de Estudos da Linguagem, 25 (2), pp. 791-814. DOI: 10.17851/2237-2083.25.2.791-814.
Barcaccia, B., Esposito, G., Matarese, M., Bertolaso, M., Elvira, M., & Marinis, M. G. (2013). Defining Quality of Life: A Wild-Goose Chase? Europe’s Journal of Psychology, 9 (1), pp. 185–203. doi:10.5964/ejop.v9i1.484.
Brodaty, H., & Donkin, M. (2009). Family caregivers of people with dementia. Dialogues in Clinical Neuroscience, 11 (2), pp. 217-228.
Bardin, L. (2016). Análise de conteúdo. S. Paulo: Edições 70.
Cohen, C. A., Colantonio, A., & Vernich, L. (2002). Positive aspects of caregiving: rounding out the caregiver experience. International journal of Geriatric Psychiatry, 17, pp. 184-188. DOI:10.1002/gps.561.
Confederación Española de Asociaciones de Familiares de Personas con Alzheimer y otras Demencias (CEAFA, 2016). El cuidador en España. Contexto actual y perspectivas de futuro. Propuestas de intervención. Barcelona: CEAFA e Fundación Sanitas.
Confederación Española de Asociaciones de Familiares de Personas con Alzheimer y otras Demencias (2017). Alzheimer. CEAFA Informa. Disponível em: https://pt.calameo.com/read/005513072c43ef60b2373.
Fernandes, C. S., Margareth, Â., & Martins, M. M. (2018). Cuidadores familiares de idosos dependentes: mesmas necessidades, diferentes contextos - uma análise de grupo focal. Geriatr Gerontol Aging; 12(1), pp. 31-37. DOI: 10.5327/Z2447-211520181800008.
Garcés, M., Finkel, L., Arroyo, M., & Crespo, C. (2016). Estudio sobre las enfermidades neurodegenerativas en españa y su impacto económico y social. Madrid: Universidad Complutense de Madrid. Disponível em: https://www.ceafa.es/es/que-comunicamos/publicaciones/estudiosobre-las-enfermedades-neurodegenerativas-en-espana-y-su-impacto-economico-y-social.
Gondim, S. M. (2003). Grupos focais como técnica de investigação qualitativa: desafios metodológicos. Paidéia, 12(24), pp. 149-161.
Grilo, I., & Major, S. (2015). Qualidade de Vida Familiar, Satisfação com a Vida e Apoio Social Percebido na Defi ciência Visual. Trends in Psychology / Temas em Psicologia, 23, (2), pp. 327-339. DOI: 10.9788/TP2015.2-07.
International Council of Nurses (2010). Classificação Internacional para a prática de Enfermagem Versão 2. (CIPE versão 2 tradução oficial Portuguesa em 2011). Lisboa: Ordem dos enfermeiros. Jornal O Médico. (27 de maio de 2019). Doenças neurodegenerativas em destaque no congresso europeu de neuro-oftalmologia. Obtido de Médico: o jornal de todos os médicos: https://www.jornalmedico.pt/atualidade/37492-doencas-neurodegenerativas-em-destaque-nocongresso-europeu-de-neuro-oftalmologia.html
Júnior, M. B., Melo, M. S., & Santiago, M. E. (2010). A análise de conteúdo como forma de tratamento dos dados numa pesquisa qualitativa em educação física escolar. Movimento, 16 (30), pp. 31-49.
Mayor, M. S. & Leite, M. (2011). Implicações Psicológicas da Experiência Informal de Cuidar. Revista Portuguesa de Enfermagem de Saúde Mental, (5), 37-44. Recuperado em 19 de novembro de 2020, de http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1647-21602011000100006&lng=pt&tlng=p
Melo, R. M., Rua, M. d., & Santos, C. S. (2014). Necessidades do cuidador familiar no cuidado à pessoa dependente: uma revisão integrativa da literatura. Revista de Enfermagem Referência, Série IV (2), pp. 143-151. DOI:10.12707/RIV14003.
Neumann, S. M., & Dias, C. M. (2013). Doença de Alzheimer: o que muda na vida do familiar cuidador? Revista Psicologia e Saúde, 5 (1), pp. 10-16.
Peternella, F. M., & Marcon, S. S. (2009). Descobrindo a Doença de Parkinson: impacto para o parkinsoniano e seu familiar. Revista Brasileira de Enfermagem, 62 (1), pp. 25-31.
Poston, D., Turnbull, A., Park, J., Mannan, H., Marquis, J., & Wang, M. (2003). Family Quality of Life:
A Qualitative Inquiry . Mental Retardation, 41 (5), pp. 313-328. DOI: 10.1352/0047-6765(2003)41<313:FQOLAQ>2.0.CO;2 .
Santos, A. d., Cecílio, H. P., Teston, E. F., & Marcon, S. S. (2012). Conhecendo a funcionalidade familiar sob a ótica doente crónico. Texto Contexto Enfermagem, 21(4), pp. 879-86.
Schumacher, K., & Meleis, A. I. (2010). Transitions: A central concept in nursing. In A. I. Meleis (Ed.), Transitions theory: Middle range and situation specific theories in nursing research and practice (pp. 38-51). New York, NY: Springer
Silva, A. H., & Fossá, M. I. (2015). Análise de conteúdo: exemplo de aplicação da técnica para análise de dados qualitativos. Qualitas Revista Eletrônica, 17(1), pp. 1-14.
Theofilou, P. (2013). Quality of Life: Definition and Measurement. Europe’s Journal of Psychology, 9 (1), pp. 150–162. doi:10.5964/ejop.v9i1.337.
Verdugo, M. A., Gómez, L. E., Arias, B., Navas, P., & Schalock, R. L. (2014). Measuring quality of life in people with intellectual and multiple disabilities: Validation of the San Martı n scale. Research in Developmental Disabilities, 35, pp. 75-86.
WHO (1998). Programme on Mental Health: WHOQOL, user manual. Geneva: Division of Mental Health and Prevention of Substance Abuse, World Health Organization.