Impacto da procura de sensações sexuais nos comportamentos de violência no namoro

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Paula Nelas
Cláudia Chaves
Emília Coutinho

Resumen

Enquadramento: A violência no namoro tem revelado uma elevada preocupação e reconhecimento, tanto a nível científico, como social, pelo impacto que tem na saúde física e mental. Objetivos: Determinar se as sensações sexuais influenciam as práticas e comportamentos de violência no namoro. Participantes: A amostra é constituída por 820 estudantes do ensino superior (média de idade de 20.48 anos (Dp=2.51). Método: É um estudo quantitativo, descrito-correlacionaletransversal. O protocolo deinvestigação foi um questionário que permitiu caracterizar a amostra a nível sociodemográfico, académico, afetivo e sexual. Incluímos a Escala de Práticas e Comportamentos de Violência no Namoro (Dixe, Rodrigues, Freire, Rodrigues, Fernandes & Dias (2010) e a Escala de Procura de Sensações Sexuais (validada para a população portuguesa por Santos, Ferreira, Carvalho & Ferreira, 2017). Resultados: Trata-se de uma amostra maioritariamente feminina (69.4%). Relativamente às práticas e comportamentos de violência no namoro verificamos, nas dimensões em análise, valores máximos de 80,70, para a violência psicológica, 91,67 para a violência stalking e violência sexual e 90.48 para a violência física. Os resultados da árvore de decisão revelam que a procura de sensações sexuais, é a variável que melhor prediz o grau de violência do namoro. Conclusões: Uma vez que a violência nas relações de intimidade causa danos no desenvolvimento físico, psicológico, sexual, reprodutivo, social, académico e profissional, com efeitos na saúde e no bem-estar das pessoas, quer a curto, quer a médio e a longo prazo, propomos ações de sensibilização em contexto escolar promovidas por peritos e debatidas entre pares.

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Cómo citar
Nelas, P., Chaves, C., & Coutinho, E. (2021). Impacto da procura de sensações sexuais nos comportamentos de violência no namoro. Revista INFAD De Psicología. International Journal of Developmental and Educational Psychology., 3(2), 139–146. https://doi.org/10.17060/ijodaep.2021.n2.v3.2281
Sección
Artículos

Citas

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