Corpo e historicidade: um percurso do corpo físico ao corpo inconsciente na toria de Andre Lapierre
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Resumen
A história do corpo não foi bem delineada ao longo do tempo. Se utilizada como referência cronológica a Idade Média, percebe-se uma atmosfera de interdições e proibições, associando o corpo ao preconceito sobre a sexualidade e as sensações que contrapunham o pensamento religioso da época, base de um pensamento ocidental, o qual se conserva, em parte, atualmente. No entanto, o século XX traz consigo o advento de estudos científicos nas áreas médica e psicológica, provocando mudanças nessa perspectiva. O termo psicomotricidade, por exemplo, surgiu nas pesquisas da neurologia no ano de 1900 em contraposição ao pensamento cartesiano, introduzindo a ideia coerente de que corpo e mente são elementos unificados e a integração saudável deles é formadora da identidade equilibrada do sujeito. No percurso do referido século, autores como Andre Lapierre apresentam resultados dos seus estudos sobre o corpo, mostrando a exatidão, o rigor e, simultaneamente, a ousadia e a contestação, queconduzem a algumas constatações a respeito do corpo e detudo o que se encontra no seu entorno de forma consciente e inconsciente. Um dos grandes legados do século XX está na condição do corpo afetivo/inconsciente a partir dos trabalhos do mundo pós-guerra, em uma análise do corpo na totalidade, como morada dos sentimentos e das experiências fundamentais para a constituição do ser. Por meio de uma pesquisa de análise bibliográfica, esta comunicação tem, portanto, o objetivo de debater o percurso acerca do corpo e as evoluções dos pensamentos que levaram a novas teorias e abordagens do desenvolvimento humano, em especial, a prática da Psicomotricidade Relacional à luz da experiência do francês Andre Lapierre, que apresenta uma visão inovadora e restauradora das emoções a partir do movimento corporal espontâneo e simbólico.
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