Avaliação do sofrimento existencial na pessoa em situação paliativa: uma revisão narrativa
Contenido principal del artículo
Resumen
Enquadramento Teórico: O sofrimento existencial (SE) na pessoa em situação paliativa aborda questões fundamentais relacionadas ao sentido da vida, medo da morte e perda de propósito. Apesar da sua importância, a avaliação adequada do SE permanece subexplorada na prática clínica. A literatura existente aponta para a necessidade de métodos e instrumentos robustos para a avaliação do SE em contextos paliativos. Este estudo visa preencher esta lacuna, revisando os métodos e instrumentos utilizados na avaliação do SE na pessoa em cuidados paliativos (CP). Objetivo: Identificar métodos e instrumentos utilizados para avaliar o SE na pessoa em situação paliativa. Metodologia: Foi realizado um estudo qualitativo através de uma revisão narrativa nas bases de dados PubMed, Cochrane Library e EBSCOhost. Foram selecionados onze artigos que dão resposta ao objetivo do estudo. Resultados e Discussão de Resultados: A revisão identifica a Escala de Sofrimento Existencial (EDS), o Inventário de Dignidade do Paciente (PDI-IT) e a Escala de Desmoralização (DS-II) como ferramentas eficazes para a avaliação abrangente do SE em CP. Adicionalmente, a Cuidado, Assistência/Ajuda, Stress, Esperanças/Medos (CASH) e Significado e Propósito Existencial (EMAP) são valorizadas pela sua eficácia na facilitação da comunicação e na tomada de decisões complexas. No entanto, é imperativo que estas ferramentas sejam continuamente desenvolvidas e validadas para manter a sua relevância e eficácia em contextos culturais e clínicos variados, garantindo adaptações constantes face à diversidade cultural e práticas clínicas distintas. Conclusão: A avaliação precisa do SE é essencial para melhorar a qualidade dos cuidados. Este estudo sublinha a abrangência de alguns instrumentos na simplificação da avaliação do SE e na tomada de decisões complexas. Contudo, é crucial continuar a desenvolver e adaptar estes instrumentos para garantir a sua aplicabilidade e eficácia nos diversos contextos culturais e clínicos.
Descargas
Detalles del artículo
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial-SinDerivadas 4.0.
Aquellos autores/as que tengan publicaciones con esta revista, aceptan los términos siguientes:
- Los autores/as conservarán sus derechos de autor y garantizarán a la revista el derecho de primera publicación de su obra, el cuál estará simultáneamente sujeto a la Licencia de reconocimiento de Creative Commons que permite a terceros copiar y redistribuir el material en cualquier medio o formato bajo los siguientes términos: —se debe dar crédito de manera adecuada, brindar un enlace a la licencia, e indicar si se han realizado cambios. Puede hacerlo en cualquier forma razonable, pero no de forma tal que sugiera que usted o su uso tienen el apoyo de la licenciante (Atribución); — no se puede hacer uso del material con propósitos comerciales (No Comercial); — si se remezcla, transforma o crea a partir del material, no podrá distribuirse el material modificado (Sin Derivadas).
- Los autores/as podrán adoptar otros acuerdos de licencia no exclusiva de distribución de la versión de la obra publicada (p. ej.: depositarla en un archivo telemático institucional o publicarla en un volumen monográfico) siempre que se indique la publicación inicial en esta revista.
- Se permite y recomienda a los autores/as difundir su obra a través de Internet (p. ej.: en archivos telemáticos institucionales o en su página web) antes y durante el proceso de envío, lo cual puede producir intercambios interesantes y aumentar las citas de la obra publicada. (Véase El efecto del acceso abierto).
Este obra está bajo una licencia de Creative Commons Reconocimiento-NoComercial-SinObraDerivada 4.0 Internacional.
Citas
Alesi, E. R., Ford, T. R., Chen, C. J., Fletcher, D. S., Morel, T. D., Bobb, B. T., & Lyckholm, L. J. (2015). Development of the CASH Assessment Tool To Address Existential Concerns in Patients with Serious Illness. Journal of Palliative Medicine, 18(1), 71–75. https://doi.org/10.1089/jpm.2014.0053
Barbosa, A. (2016). Ser pessoa, vulnerabilidade e sofrimento. In A. Barbosa, P. Pina, F. Tavares, & I. Galriça Neto (Eds.), Manual de Cuidados Paliativos (3rd ed., pp. 665–690). Faculdade de Medicina de Lisboa.
Bates, A. T. (2016). Addressing existential suffering. British Columbia Medical Journal, 58(5), 268–273.
Bolmsjö, I., Hermerén, G., & Ingvar, C. (2002). Meeting existential needs in palliative care - who, when, and why? Journal of Palliative Care, 18(3), 185–191. https://doi.org/10.1177/082585970201800307
Boston, P., Bruce, A., & Schreiber, R. (2011). Existential suffering in the palliative care setting: An integrated literature review. Journal of Pain and Symptom Management, 41(3), 604–618. https://doi.org/10.1016/j.jpainsymman.2010.05.010
Bovero, A., Botto, R., Adriano, B., Opezzo, M., Tesio, V., & Torta, R. (2019). Exploring demoralization in end-of-life cancer patients: Prevalence, latent dimensions, and associations with other psychosocial variables. Palliative and Supportive Care, 17(5), 596–603. https://doi.org/10.1017/S1478951519000191
Bovero, A., Sedghi, N. A., Opezzo, M., Botto, R., Pinto, M., Ieraci, V., & Torta, R. (2018). Dignity-related existential distress in end-of-life cancer patients: Prevalence, underlying factors, and associated coping strategies. Psycho Oncology, 27(11), 2631–2637. https://doi.org/10.1002/pon.4884
Cassell, E. J. (1991). Recognizing Suffering. The Hastings Center Report, 21(3), 24. https://doi.org/10.2307/3563319
Cerqueira, M. M. A. (2010). A Pessoa em fim de vida e família: O processo de cuidados face ao sofrimento. Universidade de Lisboa.
Gameiro, M. H. (1999). Sofrimento na Doença (Quarteto, Ed.).
Grassi, L., Costantini, A., Caruso, R., Brunetti, S., Marchetti, P., Sabato, S., & Nanni, M. G. (2017). Dignity and Psychosocial-Related Variables in Advanced and Nonadvanced Cancer Patients by Using the Patient Dignity Inventory-Italian Version. Journal of Pain and Symptom Management, 53(2), 279–287. https://doi.org/10.1016/j.jpainsymman.2016.09.009
Grech, A., & Marks, A. (2017). Existential Suffering Part 1: Definition and Diagnosis #319. Journal of Palliative Medicine, 20(1), 93–94. https://doi.org/10.1089/jpm.2016.0422
Higgins, E., Coyne, H. L., Rogers, C. K. M., Infanzon, J., Velez, N., & Coyne, P. (2022). The CASH assessment tool: A window into existential suffering. Journal of Health Care Chaplaincy, 28(4), 482–496. https://doi.org/10.1080/08854726.2021.1922980
Hvidt, E. A., Hansen, D. G., Ammentorp, J., Bjerrum, L., Cold, S., Gulbrandsen, P., Olesen, F., Pedersen, S. S., Søndergaard, J., Timmermann, C., Timm, H., & Hvidt, N. C. (2017). Development of the EMAP tool facilitating existential communication between general practitioners and cancer patients. European Journal of General Practice, 23(1), 261–268. https://doi.org/10.1080/13814788.2017.1326479
Kissane, D. W. (2004). The Demoralization Scale: a Report of Its Development and Preliminary Validation. Journal of Palliative Care, 20(4), 269–276.
Lo, C., Panday, T., Zeppieri, J., Rydall, A., Murphy-Kane, P., Zimmermann, C., & Rodin, G. (2016). Preliminary psychometrics of the Existential Distress Scale in patients with advanced cancer. European Journal of Cancer Care, 26(6), 1–8. https://doi.org/10.1111/ecc.12597
Murata, H., & Morita, T. (2006). Conceptualization of psycho-existential suffering by the Japanese Task Force: the first step of a nationwide project. Palliative & Supportive Care, 4(3), 279–285. https://doi.org/10.1017/s1478951506060354
Nanni, M. G., Caruso, R., Travado, L., Ventura, C., Palma, A., Berardi, A. M., Meggiolaro, E., Ruffilli, F., Martins, C., Kissane, D., & Grassi, L. (2018). Relationship of demoralization with anxiety, depression, and quality of life: A Southern European study of Italian and Portuguese cancer patients. Psycho-Oncology, 27(11), 2616–2622. https://doi.org/10.1002/pon.4824
Robinson, S., Kissane, D. W., Brooker, J., Michael, N., Fischer, J., Franco, M., Hempton, C., Sulistio, M., Pallant, J. F., Clarke, D. M., & Burney, S. (2016). Refinement and Revalidation of the Demoralization Scale: The DSII—Internal Validity. Cancer, 122(14), 2251–2259. https://doi.org/10.1002/cncr.30015
Rother, E. T. (2007). Revisão Sistemática X Revisão Narrativa. Acta Paulista de Enfermagem, 20(2).
Sapeta, P. (2007). Dor Total vs Sofrimento: a Interface com os Cuidados Paliativos. 15, 16–20. https://www.researchgate.net/publication/311102009
Trandel, E. T., Pilewski, J. M., Dellon, E. P., Moreines, L. T., Yabes, J. G., Jeong, K., Arnold, R. M., & Kavalieratos, D. (2019). Symptom Burden and Unmet Existential Needs in Adults With Cystic Fibrosis. Western Journal of Nursing Research, 41(10), 1448–1464. https://doi.org/10.1177/0193945919852585
Travelbee, J. (1971). Interpersonal aspects of nursing (Vol. 2). Philadelphia, F.A. Davis Co.
World Health Organization. (2020, August 5). Palliative Care. https://www.who.int/newsroom/fact-sheets/detail/palliative-care
Xiao, J., Chow, K., Choi, K., Ng, S., Huang, C., Ding, J., & Chan, W. (2022). Effects of family-oriented dignity therapy on dignity, depression and spiritual well-being of patients with lung cancer undergoing chemotherapy: A randomised controlled trial. International Journal of Nursing Studies, 129.