Perceção de autoeficácia nos comportamentos de adesão ao papel de cuidador: relação com variaveis sociodemograficas

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Juliana Sofia Ortiga Nogueira
Carla Alexandra Silva Pombo Soares
Nadirlene Pereira Gomes
Amâncio António de Sousa Carvalho

Resumen

Introdução: O cuidador familiar num papel integral e complexo de cuidar do familiar dependente, desenvolve comportamentos no exercício desse papel, com autoeficácia variável. A autoeficácia assume-se pela capacidade de implementar estes comportamentos em situações novas e geradoras de stresse. É por isso um objeto relevante de estudo. Objetivo: Analisar a relação entre a perceção da autoeficácia nos comportamentos de adesão ao papel de cuidador familiar e algumas variáveis sociodemográficas. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo-correlacional, transversal e de abordagem quantitativa, no qual participaram 111 cuidadores informais familiares, utentes de uma Unidade de Saúde Familiar (USF), do Norte de Portugal. Na recolha de dados utilizámos um formulário, aplicado via telefone pelos investigadores, tendo sido tratados através do software SPSS 29.0, com recurso à estatística descritiva e inferencial. Resultados: Do total da amostra (n= 111) a maioria dos cuidadores informais, membros de uma família, era do sexo feminino (82,9%), pertencia ao grupo etário dos 45-64 anos (52,3%), detinha o estado civil de casado/união de facto (64,0%) e o maior grupo enquadrava-se na estimular a independência do familiar (70,3%), mas competentes na assistência ao familiar dependente na sua autovigilância (78,4%). A perceção da autoeficácia nos comportamentos de adesão ao papel de assistir ao familiar dependente na sua autovigilância difere entre os cuidadores familiares com diferente estado civil (Kruskal Wallis: p < 0,030), sendo que os cuidadores divorciados percecionaram maior competência, seguido pelos casados (68,00 > 57,06 pontos). Os solteiros percecionaram-se com a menor competência. Conclusões: Foram identificados os papéis em que os cuidadores familiares se percecionaram com menor competência, tornandose necessário que possa ser disponibilizada formação a estes cuidadores, a fim de melhorar a saúde e bem-estar do membro dependente e até do próprio cuidador familiar. 

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Cómo citar
Ortiga Nogueira, J. S., Silva Pombo Soares, C. A., Pereira Gomes, N., & de Sousa Carvalho, A. A. (2024). Perceção de autoeficácia nos comportamentos de adesão ao papel de cuidador: relação com variaveis sociodemograficas. Revista INFAD De Psicología. International Journal of Developmental and Educational Psychology., 1(2), 395–410. https://doi.org/10.17060/ijodaep.2024.n2.v1.2772
Sección
Artículos
Biografía del autor/a

Juliana Sofia Ortiga Nogueira, Escola Superior de Saúde – Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Vila Real, Portugal

Escola Superior de Saúde – Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Vila Real, Portugal

Carla Alexandra Silva Pombo Soares, Escola Superior de Saúde – Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Vila Real, Portugal

Escola Superior de Saúde – Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Vila Real, Portugal

Nadirlene Pereira Gomes, ESSE-Universidade Federal da Bahia, Bahia, Brasil

ESSE-Universidade Federal da Bahia, Bahia, Brasil

Amâncio António de Sousa Carvalho, Escola Superior de Saúde – Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Vila Real, Portugal CIEC, Instituto de Educação, Universidade do Minho, Braga, Portugal

Escola Superior de Saúde – Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Vila Real, Portugal CIEC, Instituto de Educação, Universidade do Minho, Braga, Portugal

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