Família e bem-estar: contributos para uma educação inclusiva

Contenido principal del artículo

Sara Alexandre Felizardo
Esperança do Rosário Ribeiro
Ana Paula Cardoso
Sofia Campos

Resumen

Hodiernamente, as pesquisas sobre o bem-estar e qualidade de vida têm vindo a assumir uma centralidade nos discursos e nas práticas dos profissionais que intervêm na área das populações com fragilidade psicossocial. A literatura científica acentua a vastidão desta linha de estudo, a qual também tem ganho visibilidade no âmbito da investigação sobre as famílias de crianças e jovens com Necessidades Educativas Especiais (NEE), em particular, sobre a influência do suporte social (formal e informal) nas dimensões relacionadas com a saúde e o bem-estar dos cuidadores. Diener (2009) apresenta uma definição de bem-estar subjetivo como sendo uma resposta avaliativa das pessoas relativamente à sua própria vida, quer em termos de satisfação (elemento cognitivo da avaliação), quer em termos de afectividade (elemento emocional estável). No quadro de uma abordagem inclusiva e, em convergência com as orientações nacionais e internacionais, reconhecemos o papel dos pais na defesa dos interesses educativos dos filhos e decisores participantes no processo educativo, pelo que a promoção da sua saúde e bem-estar constituem áreas chave no contexto da intervenção educativa e terapêutica. O presente estudo tem como propósito fazer uma análise comparativa dos pais de crianças com e sem necessidades educativas especiais, no que concerne ao suporte social (dimensão da rede social e satisfação com o apoio) e ao bem-estar parental (satisfação com a vida). A amostra é constituída por 152 e 149 cuidadores, respetivamente, pais de crianças com e sem NEE. As análises estatísticas revelam que os dois grupos de pais apresentam diferenças significativas no bem-estar e, parcialmente, no suporte social (satisfação com o suporte). Relativamente aos subgrupos de pais de crianças com NEE (problemas cognitivos, motores e Perturbações do Espectro do Autismo) observamos diferenças estatísticas; os progenitores das crianças com autismo revelam valores significativamente mais elevados no suporte social (disponibilidade do suporte e satisfação com o suporte) e na satisfação com a vida.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Detalles del artículo

Cómo citar
Alexandre Felizardo, S., do Rosário Ribeiro, E., Cardoso, A. P., & Campos, S. (2014). Família e bem-estar: contributos para uma educação inclusiva. Revista INFAD De Psicología. International Journal of Developmental and Educational Psychology., 6(1), 375–380. https://doi.org/10.17060/ijodaep.2014.n1.v6.757
Sección
Artículos

Citas

Almeida, L.S. & Freire, T. (2003). Metodologia de investigação em Psicologia e Educação. Braga: Psiquilíbrios.

Diener, E. (2009). Assessing subjetive well-being: Progress and opportunities. In E. Diener (Ed.), Assessing well-being.The collected works of Ed Diener. Social Indicators Research Series (pp. 25-65). London New York: Springer.

Dunst, C.J.; Trivette, C.M. & Deal, A.G. (1994). Supporting and strengthening families: Methods, strategies and practices. Cambridge, MA: Brookline Books.

Dunst, C.J.; Trivette, C.M. & Jodry, W. (1997). Influences of social support on children with disabilities and their families. In M.J. Guralnick (Ed.), The effectiveness of early intervention (pp. 499-522). Baltimore, Maryland: Paul H. Brooks.

Felizardo, S. A. (2013). Inclusão, suporte social e bem-estar parental. In R. Cadima; H. Pinto; H. Menino & I.S. Dias (Org.s) Livro de Atas da II Conferência Internacional Investigação e Práticas em Educação (pp. 362-368). Leiria: Edição Escola Superior de Educação e Ciências Sociais – Instituto Politécnico de Leiria (ISBN: 978989-97836-4-5)

Gupta, A. & Singhal, N. (2004). Positive perceptions in parents of children with disabilities. Asia Pacific Disability Rehabilitation Journal, 15 (1), 22-35.

Heiman, T. (2002). Parents of children with disabilities: Resilience, coping and future expectations. Journal of Developmental and Physical Disabilities, 14 (2), 159-171.

Neto, F.; Barros, J. & Barros, A. (1990). Satisfação com a vida. In L. Almeida; R. Santiago; P. Silva; O. Caetano & J. Marques (Eds.), A ação educativa: análise psicossocial (pp.105-117). Leiria: ESEL/ APPORT.

Nunnaly, J.C. & Bernstein, I. (1994). Psychometric theory. NewYork: McGraw-Hill.

Pavot, W. & Diener, E. (2009). Review of the satisfaction with life scale. In E. Diener (Edit.), Assessing well-being. The collected works of Ed Diener. Social Indicators Research Series (pp. 101-117). London New York: Springer.

Pinheiro, M.R.M. (2003). Uma época especial. Suporte social e vivências académicas na transição e adaptação ao ensino superior. Dissertação de Doutoramento não publicada. Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação, Universidade de Coimbra.

Pinheiro, M.R.M. & Ferreira, J.A.G. (2002). O questionário de suporte social: Adaptação e validação do SSQ6. Psychologica, 30, 315-333.

Saranson, I.G.; Levine, H.; Basham, R. & Saranson, B. (1983). Assessing social support: The Social Support Questionnaire. Journal of Personality and Social Psychology, 44, 127-139.

Simões, A.; Ferreira, J.A.; Lima, M.P.; Pinheiro, M.R.M.M.; Vieira, C.M.C.; Matos, A.P.M. & Oliveira. (2000). O bem-estar subjetivo: Estado atual dos conhecimentos. Psicologia, Educação e Cultura, Vol. IV, 2, 243-279.

Sousa, L. & Ribeiro, C. (2005). Perceção das famílias multiproblemáticas pobres sobre as suas competências. Psicologia, Vol. XIX (1-2), 169-191.