Avaliação das motivações conscientes e inconscientes associadas à escolha do parceiro conjugal: criação do instrumento baverc assente na psicanálise vincular
Artikel-Sidebar
Hauptsächlicher Artikelinhalt
Abstract
A escolha do parceiro compromete o indivíduo que escolhe e o que é escolhido, envolvendo-os num cenário de mútua co-responsabilidade, nem sempre assumida e identificada. Clarificando o que une o casal, também se clarifica o que o desune.
Pretende-se pensar o indivíduo na díade conjugal, existindo aquele como ser relacional e como sujeito pensante inscrito nas configurações vinculares que operam consciente e inconscientemente na escolha do parceiro. A expressão do vínculo conjugal ocorre em simultâneo através de aspetos conscientes, como os relacionamentos entre si, em que a presença do outro é fundamental, quer através de aspetos inconscientes como as alianças, acordos, pactos, e trama inter-fantasmática inconsciente e as estruturas vinculares familiares e sociais subjacentes e inconscientes geracionais.
Na composição dos espaços psíquicos do vínculo conjugal encontram-se os espaços psíquicos intra-subjectivo, intersubjectivo e o transubjectivo. Para o efeito, criou-se um instrumento que avalia as várias esferas relacionais na conjugalidade (BAVERC) com a finalidade de criar uma escala dicotómica relativa à determinação consciente/inconsciente da escolha do objeto conjugal, bem como uma categorização dos aspetos quer conscientes quer inconscientes preponderantes em cada casal. Este instrumento assenta na perspetiva da psicanálise vincular, o que impõe a análise das interfaces da formação do vínculo conjugal.
Downloads
Artikel-Details
Aquellos autores/as que tengan publicaciones con esta revista, aceptan los términos siguientes:
- Los autores/as conservarán sus derechos de autor y garantizarán a la revista el derecho de primera publicación de su obra, el cuál estará simultáneamente sujeto a la Licencia de reconocimiento de Creative Commons que permite a terceros copiar y redistribuir el material en cualquier medio o formato bajo los siguientes términos: —se debe dar crédito de manera adecuada, brindar un enlace a la licencia, e indicar si se han realizado cambios. Puede hacerlo en cualquier forma razonable, pero no de forma tal que sugiera que usted o su uso tienen el apoyo de la licenciante (Atribución); — no se puede hacer uso del material con propósitos comerciales (No Comercial); — si se remezcla, transforma o crea a partir del material, no podrá distribuirse el material modificado (Sin Derivadas).
- Los autores/as podrán adoptar otros acuerdos de licencia no exclusiva de distribución de la versión de la obra publicada (p. ej.: depositarla en un archivo telemático institucional o publicarla en un volumen monográfico) siempre que se indique la publicación inicial en esta revista.
- Se permite y recomienda a los autores/as difundir su obra a través de Internet (p. ej.: en archivos telemáticos institucionales o en su página web) antes y durante el proceso de envío, lo cual puede producir intercambios interesantes y aumentar las citas de la obra publicada. (Véase El efecto del acceso abierto).
Este obra está bajo una licencia de Creative Commons Reconocimiento-NoComercial-SinObraDerivada 4.0 Internacional.
Literaturhinweise
Berenstein, I.(2004). Devenir outro com outro(s). Ajenidad, presencia, interferência. Buenos Aires:Ed. Paidós.
Bleger, J. (1998). Temas de Psicologia -entrevistas e grupos. São Paulo: Martins Fontes.
Bion, W. (1975). Experiências com grupos. 2ª ed. Rio de Janeiro: Imago; São Paulo.
Branquinho, A., Narciso, I., & Crespo, C. (2013). Reflections on couple identity: A relevant and fertile conceptual land yet underexplored. Manuscrito não publicado, Faculdade de Psicologia daUniversidade de Lisboa, Lisboa.
Busby, D. M., Christenson, C. J, Crane, D. R. & Larson, J. H. (1995). A revision of the dyadic adjustment scale for use with distressed and nondistressed couples: construct hierarchy and multidimensional scales. Journal of Marital and Family Therapy, 21(3), 289-308.
Canavarro, M. (2007). Inventário de sintomas psicopatológicos (BSI): Uma revisão crítica dos estudos realizados em Portugal. In M. Simões, C. Machado, M. Gonçalves & L. Almeida (Eds.),
Avaliação Psicológica: Instrumentos Validados para a População Portuguesa (vol. III). Coimbra: Quarteto Editora.
Canavarro. M. (1999). Inventário de Sintomas Psicopatológicos (BSI). Coimbra: Ed. Faculdade de Psicologia e de Ciência de Educação da Universidade de Coimbra.
Correa, O. B. R. (Org.) (2002). Vínculos e instituições- uma escuta psicanalítica. São Paulo: Escuta.
Dimas, I. M., Pereira, M. D. & Canavarro, M. C. (2013). Ajustamento psicossocial, ajustamento diádico e resiliência no contexto de desemprego. Análise Psicológica, 1, 3-16.
Eiguer, A. (1985). Um divã para a família. Porto Alegre: Artes médicas.
Eiguer, A. (1995). O parentesco fantasmático: transferência e contratransferência em terapia familiar psicanalítica. São Paulo: Casa do Psicólogo.
Eiguer, A. (1998). A Transmissão do Psiquismo entre Gerações. São Paulo: Unimarco.
Fonseca, R. C. T. & Carvalho, A. L. N. (2016). O papel da empatia e da comunicação assertiva na satisfação conjugal em casamentos de longa duração. Polemica, 6(2).
Freud, S. (1921) Psicologia do grupo e análise do ego. In S. Freud, Obras psicológicas completas. Rio de Janeiro, Imago: V. 18;1980.
Lopes, B. S. N. (2012). Um olhar sobre as relações amorosas: satisfação conjugal, intimidade e satisfação sexual. Mestrado, Psicologia Clínica, IUCPSV.
Käes, R. (2000). Um pacto de resistência intergeracional ao luto. In O. B. Correa. (Org.) Os avatares da transmissão psíquica geracional. São Paulo: Escuta, 2000.
Käes, R. (2001). Psicanálise e representação social. In D. Jodelet (Org.) Rio de Janeiro: Editora UERJ.
Käes, R. (2004). Complejidad de los espacios institucionales y trayetos de los objetos psíquicos. Psicoanalisis AP de BA, XXVI, (3).
Käes, R. (2005). Os espaços psíquicos comuns e partilhados: Transmissão e negatividade. São Paulo: Casa do Psicólogo.
Käes, R. (2007). O Grupo e o Sujeito do Grupo. São Paulo: Caso do psicólogo.
Käes, R. (2011). Um singular plural -A psicanálise à prova do grupo. São Paulo: Edições Loyola Jesuítas.
Käes. R. (2014). As alianças inconscientes. São Paulo: Ideias & letras.
Moguillansky,R. (2016). Teoria Clínica Vincular. In I. Gomes, M. Fernandes, & Levisky, R. (Orgs.). Diálogos psicanalíticos sobre a família e casal. São Paulo: Escuta.
Narciso, I., & Costa, M. E. (1996). Amores satisfeitos mas não perfeitos. Cadernos de Consulta Psicológica, 12, 115-130.
Niehuis, S., & Bartell, D. (2006). The marital disillusionment scale: Development and psychometric properties. North American Journal of Psychology, 8, 69-84.
Nussbaum, S. (2016). Intervenções na Clínica Vincular Actual. In I. Gomes, M. Fernandes, & R. Levisky, R. (Orgs.). Diálogos psicanalíticos sobre a família e casal. São Paulo: Escuta.
Oliveira, M. G. S., Falcone, E. M. O., & Ribas, R. C. (2009). A avaliação das relações entre empatia e satisfação conjugal: Um estudo preliminar. Interação, 13, 287-298.
Pacheco, A. M. V. (2008). Olhando a satisfação: um estudo exploratório em casais portugueses. Dissertação de Mestrado em Psicologia Clínica e de Saúde, Faculdade de Psicologia e de Ciências de Educação da Universidade de Lisboa.
Pichon Rivière, E. (1956–1957). Teoría del vínculo, selección temática de transcripciones de sus clases, F. Taragano (Ed.). Buenos Aires: Nueva Visión,
Pichon-Rivière, E. (1980). Teoria do Vínculo. São Paulo, Martins Fontes.
Pichon-Rivière, E. (1983). O processo grupal. São Paulo: Martins Fontes.
Pichon-Rivière, E. (1990). Teoria do Vínculo. Reflexões sobre terapia psicanalítica de casal e grupo familiar. Tempo Psicanalítico, 24, 214-225.
Pincus, L., Dare, C. (1981). Psicodinâmica da Família. Porto Alegre: Artes Médicas.
Pontes, T. R. (2014). Amor, satisfação e desilusão: um estudo exploratório sobre a conjugalidade. Mestrado, Psic. Clínica e Saúde, Fac. Psicologia, Univ. de Lisboa.
Ramos, M. C. B. M. (2011). Adaptação psicossocial de casais portugueses à infertilidade e à reprodução medicamente assistida. Dissertação de Doutoramento em Psicologia da Saúde, Fac. Psicologia e Ciências da Educação da Univ. de Coimbra.
Sardinha, A, Falcone, E. M. O., & Ferreira, M. C. (2009). As relações entre a satisfação conjugal e as habilidades sociais percebidas no cônjuge. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 25(3), 395-402.
Winnicott, D. W. (1975). O brincar e a realidade. Rio de Janeiro: Imago
Zimerman, D. E. (1971). Estudos sobre psicoterapia analítica de grupo. São Paulo: Mestre Jou.
Zimerman, D.E. (1995) Vínculos e Fantasias Inconscientes. Rev. ABPAG, 4, 126- 141.