Relação entre a mobilidade funcional e a polimedicação para o risco de quedas em idosos

Contenido principal del artículo

Ana Filipa Almeida
Vitor Pinheira
Nuno Cordeiro

Resumen

Objetivo: Relacionar as alterações da mobilidade funcional, contribuidoras para o risco de queda, com a polimedicação e a toma de medicação psicotrópica. Materiais e métodos: É um estudo correlacional não experimental e com uma amostra de conveniência de 37 indivíduos com idades compreendidas entre os 55 e os 96 anos de ambos os géneros. O estudo decorreu no ano letivo de 2018/2019, em instituições do Norte e Centro de Portugal. Foram realizadas recolhas de dados relativos à mobilidade funcional através do Timed Up e Go Test (TUG) e relativos à medicação dos participantes. Para o tratamento dos dados e análise estatística foi utilizado o software Statistical Package for Social Sciences (SPSS) para o Windows 10. Resultados: Observam-se correlações moderadas entre a idade e o tempo percorrido na TUG (r=0,6), o número de medicamentos tomados (r=0,59) e o score da Medication Fall Risk Score (MFRS) (r=0,42). A ocorrência de quedas nos últimos 6 meses está moderadamente relacionada com o número de medicamentos diferentes tomados por dia (r=0,44), com o MFRS (r=0,44) e com a toma de medicação de nível 3 para o risco de queda (r=0,39). O número de medicamentos diferentes tomados por dia tem correlação alta com a MFRS (r=0,86) e moderada com a toma de medicamentos nível 3 (r=0,61). Também o MFRS tem correlação alta com o número de medicamentos tomados de nível a3 (r=0,76). Registou-se não haver significado estatístico entre a idade e o número de quedas nos últimos 6 meses e o número de fármacos de nível 3. Também a correlação entre o tempo percorrido no TUG e o número de quedas nos últimos 6 meses, o número de medicamentos tomados por dia, o MFRS e o número de fármacos nível 3 provou não ter significado estatístico. Não se verificam diferenças estatisticamente significativas entre os sujeitos com e sem risco de queda em nenhuma variável. Conclusão: A partir dos resultados obtidos, pode-se concluir que a polimedicação e a medicação psicotrópica influenciam diretamente a ocorrência de quedas, mas não revelaram relação com o tempo de realização do TUG e com a presença de risco de queda.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Detalles del artículo

Cómo citar
Almeida, A. F., Pinheira, V., & Cordeiro, N. (2019). Relação entre a mobilidade funcional e a polimedicação para o risco de quedas em idosos. Revista INFAD De Psicología. International Journal of Developmental and Educational Psychology., 3(2), 265–276. https://doi.org/10.17060/ijodaep.2019.n2.v2.1917
Sección
Artículos
Biografía del autor/a

Ana Filipa Almeida, Universidad de Extremadura

Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias
Instituto Politécnico de Castelo Branco

Vitor Pinheira, Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias Age.Comm Instituto Politécnico de Castelo Branco

Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias
Age.Comm
Instituto Politécnico de Castelo Branco

Nuno Cordeiro, Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias Age.Comm Instituto Politécnico de Castelo Brancor

Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias
Age.Comm
Instituto Politécnico de Castelo Brancor

Citas

AJ, C., MC, R., MM, G., RN, N., & DM, B. (1999). Psychotropic medication withdrawal and a home-based exercise program to prevent falls: a randomized, controlled trial. Journal of the American Geriatrics Society, 850–853. Retrieved from http://ezproxy.library.yorku.ca/login?url=http://search.ebscohost.com/login.aspx?direct=true&db=rzh&AN=107231168&site=ehost-live

Beasley, B., Pharm, B. S., & Patatanian, E. (2009). Development and Implementation, 44(12), 1095–1102.

Bohannon, R. W. (2006). Reference Values for the Timed Up and Go Test: A Descriptive Meta-Analysis. Journal of Geriatric Physical Therapy, 29(2), 64.

Bushardt, R. L., Massey, E. B., Simpson, T. W., Ariail, J. C., & Simpson, K. N. (2008). Polypharmacy: misleading, but manageable. Clinical Interventions in Aging, 3(2), 383–389. Retrieved from http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18686760%0Ahttp://www.pubmedcentral.nih.gov/articlerender.fcgi?artid=PMC2546482

da Fonseca, E. P., Sá, K. N., Nunes, R. F. R.,Ribeiro Junior, A. C., Lira, S. F. B., & Pinto, E. B. (2018). Balance, functional mobility, and fall occurrence in patients with human T-cell lymphotropic virus type-1-associated myelopathy/tropical spastic paraparesis: A cross-sectional study. Revista Da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, 51(2), 162–167. https://doi.org/10.1590/0037-8682-0375-2017

de Jong, M. R., Van Der Elst, M., & Hartholt, K. A. (2013). Drug-related falls in older patients: Implicated drugs, consequences, and possible prevention strategies. Therapeutic Advances in Drug Safety, 4(4), 147–154. https://doi.org/10.1177/2042098613486829

Dhalwani, N. N., Fahami, R., Sathanapally, H., Seidu, S., Davies, M. J., & Khunti, K. (2017). Association between polypharmacy and falls in older adults: A longitudinal study from England. BMJ Open, 7(10), 1–8. https://doi.org/10.1136/bmjopen- 2017-016358

Fernández, M., Valbuena, C., & Natal, C. (2018). Riesgo de caídas asociado al consumo de medicamentos en la población anciana. Revista de Calidad Asistencial, (xx), 10-13. https://doi.org/10.1016/j.cali.2017.12.007

Ferreira, M. (2014). Aprova a classificação farmacoterapêutica de medicamentos. Revoga o Despacho n.o 2977 / 2014, do Secretário de Estado da Saúde.

Gómez, C., Vega-Quiroga, S., Bermejo-Pareja, F., Medrano, M. J., Louis, E. D., & Benito-Léon, J. (2015). Polypharmacy in the Elderly: A Marker of Increased Risk of Mortality in a Population-Based Prospective Study (NEDICES). International Journal of Advances in Soft Computing and Its Applications, 7(3), 126–145.

Hamza, S. A., & Abdelrahman, E. E. (2019). The relation between falls and medication use among elderly in assisted living facilities, (June 2018), 849–856. https://doi.org/10.1002/pds.4775

Hartikainen, S., Lönnroos, E., & Louhivuori, K. (2007). Medication as a risk factor for falls: Critical systematic review. Journals of Gerontology - Series A Biological Sciences and Medical Sciences, 62(10), 1172–1181. https://doi.org/10.1093/gerona/62.10.1172

Just, K. S., Schneider, K. L., Schurig, M., Stingl, J. C., & Brockmöller, J. (2017). Falls: The adverse drug reaction of the elderly and the impact of pharmacogenetics. Pharmacogenomics, 18(13), 1281–1297. https://doi.org/10.2217/pgs-2017-0018

Jyrkkä,J., Enlund, H., Korhonen, M.J., Sulkava, R., & Hartikainen, S. (2009). Polypharmacystatusasan indicator of mortality in an elderly population. Drugs and Aging, 26(12), 1039–1048. https://doi.org/10.2165/113195 30-000000000-00000

Kalache, A. (2007). WHO Global Report on Falls Prevention in Older Age. Community Health, 53. https://doi.org/978 92 4 156353 6

Kim, J. C., Chon, J., Kim, H. S., Lee, J. H., Yoo, S. D., Kim, D. H., … Won, C. W. (2017). The association between fall history and physical performance tests in the community-dwelling elderly: A cross-sectional analysis. Annals of Rehabilitation Medicine, 41(2), 239–247. https://doi.org/10.5535/arm .2017.41.2.239

Loke, M. Y., Gan, L., & Islahudin, F. (2018). Awareness of medication related falls and preferred interventions among the...: Discovery Service for Western Governors University. Pakistan Journal of Pharmaceutical Scinces, 31(2), 359–364. Retrieved from http://eds.b.ebscohost.com.wgu.idm.oclc.org/eds/pdfviewer/pdfviewer?vid=1&sid =0949d2e5-27c0-4ebc-a542-16348fd49367%40sessionmgr120

Lord, S. R., Delbaere, K., & Sturnieks, D. L. (2018). Aging. Handbook of Clinical Neurology, 159, 157–171. https://doi.org/10.1016/B978-0-444-63916-5.00010-0

Masumoto, S., Sato, M., Maeno, T., Ichinohe, Y., & Maeno, T. (2018). Potentially inappropriate medications with polypharmacy increase the risk of falls in older Japanese patients: 1-year prospective cohort study. Geriatrics and Gerontology International, 18(7), 1064–1070. https://doi.org/10.1111/ggi.13307

Milisen, K. R. (1991). Guide de pratique clinique flamand «La prévention des chutes chez les personnes âgées résidant à domicile ». Mammalia, 55(4). https://doi.org/10.1515/mamm.1991.55.4.665

OMS, O. M. de S. (2015). Relatório Mundial de Envelhecimento e Saúde. Pestana, M. H. (n.d.). Análise de dados para ciências sociais.

Podsiadlo, D., & Richardson, S. (1991). The Timed “Up & Go”: A Test of Basic Functional Mobility for Frail Elderly Persons, 142–148. https://doi.org/10.1111/j.1532-5415.1991.tb01616.x

PORDATA. (2007). Índice de envelhecimento, 1–11. Therese, H., Steinsbekk, A., & Gerd, A. (2017). Elderly users of fall-risk-increasing drug perceptions of fall risk and the relation to their drug use – a qualitative study, 35(3), 247–255.

Torres-de Araújo,J. R., Tomaz-de Lima, R. R., Ferreira-Bendassolli, I. M., & Costa-de Lima, K. (2018). Functional, nutritional and social factors associated with mobility limitations in the elderly: A systematic review. Salud Publica de Mexico, 60(5), 579–585. https://doi.org/10.21149/9075

Watanabe, J. H. (2011). Medication Use, Falls, and Fall-Related Worry in Older Adults in the United States, 26(10), 754–763.

Ana Filipa Almeida, Vítor Pinheir a, Nuno Cor deir o World economic and social survey, 2007: development in an ageing world. (2007). Choice Reviews Online (Vol. 45). https://doi.org/10.5860/CHOICE.45-2157

Zia, A., Kamaruzzaman, S. B., & Tan, M. P. (2015). Polypharmacy and falls in older people: Balancing evidence based medicine against falls risk. Postgraduate Medicine, 127(3), 330–337. https://doi.org/10.1080/00325481.2014.996112