Qualidade de sono em pacientes com fibromialgia
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Resumen
Introdução: A fibromialgia é caracterizada como uma doença crónica na qual a principal característica é a dor músculo-esquelética generalizada, associada a pontos dolorosos com localizações anatomicamente precisas quando sujeitas a palpação. Em situações normais estes estímulos não provocariam dor. Predominantemente o género feminino é o mais afetado e frequentemente está associada a sintomas como fadiga, dificuldades cognitivas, perturbações de humor, cefaleias, alterações gastrointestinais e a distúrbios do sono. A relação sono e dor, sintoma primordial da fibromialgia é consistente, sendo os distúrbios do sono muito comuns sugerindo que estes têm uma elevada relevância no agravamento da sintomatologia. Objetivo: Avaliação através de questionários a relação entre qualidade de sono e sintomatologia da fibromialgia. Métodos: Estudo analítico, observacional e transversal, com uma amostra do tipo não probabilístico, realizado em 38 indivíduos. O estudo implicou o autopreenchimento de inquéritos nomeadamente Informação Geral, Escala Visual Analógica da Intensidade da Dor, Questionário Impacto da Fibromialgia, Índice Qualidade de Sono de Pittsburgh e Questionário qualidade de vida SF-12. A análise estatística foi executada com recurso ao programa SPSS® (Statistic Product and Service Solution). Resultados: Verificou-se que as variáveis PSQI global e SF-12 apresentaram uma correlação negativa fraca com significância marginalmente significativa (p=0,072) e uma correlação positiva moderada estatisticamente significativa foi verificada entre a depressão e ansiedade (p<0,001). As restantes variáveis não apresentaram quaisquer associações. Conclusão: A sintomatologia da fibromialgia está relacionada com os distúrbios do sono, devendo estes pacientes realizar uma avaliação do sono tanto subjetiva como objetiva. Da mesma forma, deve ser incentivada uma intervenção multidisciplinar de maneira a potenciar o aumento da qualidade de vida destes pacientes, melhorando e adaptando o seu acompanhamento clínico e adotando abordagens não apenas farmacológicas.
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