Efeito da formaçao nas conceçoes de educadoras de infância sobre a sexualidade infantil

Contenido principal del artículo

Vânia Beliz
Zélia Caçador Anastácio

Resumen

A escassa formação em educação para a sexualidade tem sido referida na literatura como um dos principais obstáculos das/os educadoras/es de infância, para abordagens sobre sexualidade junto das crianças em idade pré-escolar. A visão de que esta abordagem incentiva à sexualidade precoce e corrompe a inocência das crianças contribui para a insegurança das profissionais. Para melhorar o conhecimento, as crenças e o conforto, o reforço na formação em educação para a sexualidade tem sido apontado como uma estratégia importante. Com o objetivo de verificar o efeito da formação sobre as conceções das educadoras de infância, no contexto de uma investigação-ação, realizou-se uma oficina de formação de 6 horas, em que participaram 92 profissionais, portuguesas, com média de idades de 41 anos e de experiência profissional de 19 anos. As participantes responderam a um questionário on-line, antes e depois da oficina de formação. O Questionário de Educação Sexual para Educadoras/es de Infância (QESEI), composto por 3 escalas, resultou da tradução do original de Koch e Brick (1996). Os dados foram alvo de análise estatística com o programa SPSS. Constatou-se que os valores médios obtidos após a formação foram significativamente superiores aos do momento anterior à mesma para as três variáveis: conhecimento (M=16.10±4.38) vs (M=9.63±4.29), com t=-9.010 e p<.000; atitudes e crenças (M=121.25±11.18) vs (M=110.90±=11.37) com t=-5.522 e p<.0001 e conforto (M=23.31±4.00), vs (M=20.80±4.72) com t =-3.400 e p<.001. Conclui-se que a oficina de formação teve um efeito positivo na evolução do conhecimento, das atitudes e crenças e do nível de conforto das educadoras de infância relativamente à abordagem do tema da sexualidade na educação pré-escolar, o que revela a importância da formação específica neste domínio como fator importante para o desenvolvimento profissional e superação de obstáculos.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Detalles del artículo

Cómo citar
Beliz, V., & Caçador Anastácio, Z. (2022). Efeito da formaçao nas conceçoes de educadoras de infância sobre a sexualidade infantil. Revista INFAD De Psicología. International Journal of Developmental and Educational Psychology., 2(1), 425–432. https://doi.org/10.17060/ijodaep.2022.n1.v2.2376
Sección
Artículos

Citas

Anastácio, Z. & Beliz, V. (2019). Conceptions of Kindergarten Teachers on Child Development and Learning in the field of Sexuality: pilot study for validation of instrument. (Resumo). In Salusex (Ed.) Libro de Abstracts del I Congreso Internacional de Sexualidad: Expresando la Diversidad, Valencia, España: SALUSEX, p. 123 (ISSN 2659-9708) (eBook)

Anastácio, Z., Carvalho, G. & Clément, P. (2005). Teacher’s conceptions of, and obstacles to, sex education in portuguese primary school. In H. Fischer Eds. Developing Standards in Research on Science Education – The ESERA Summer School 2004, pp. 47-54

Aresfin, N., Rahman, N. F., & Chowdhury, K. Q. (2018). Teachers’perception on Sex Education for 5-8 years old children of urban dhaka. IJARIIE-ISSN(O)-2395-4396

Balter, A. S., van Rhijn, T., & Davies, A. (2016). The development of sexuality in childhood in early learning settings: An exploration of early childhood educators’ perceptions. The Canadian Journal of Human Sexuality, 25(1), 30-40. doi: 10.3138/cjhs.251-A3

Brick, P., & Koch, P. B. (1996). Healthy foundations: an early childhood educators’ sexuality program and its effectiveness. In The Annual Meeting of the Society for the Scientific Study of Sexuality.

Cohen, L., Manion, L., & Morrison, K. (2017). Action research. In Research methods in education (pp. 440-456). Routledge.

Cohen, J. N., Sears, H. A., Byers, E. S., & Weaver, A. D. (2004). Sexual health education: Attitudes, knowledge, and comfort of teachers in New Brunswick schools. Canadian Journal of Human Sexuality, 13(1).

Cortesão, I., Silva, M. A., & Torres, M. A. (2005). Educação para uma Sexualidade Humanizada - Guia para Professores e Pais. Porto: Edições Afrontamento.

Koch, P. B., & Brick, P. (1998). Questionnaire on Young Children’s Sexual Learning. In Handbook of sexuality related measures. (pp.121-124). Routledge. 2 Edition.

Larsson, I., & Svedin, C. G. (2002). Teachers’ and parents’ reports on 3- to 6-year-old children’s sexual behaviora comparison. Child abuse & Neglect, 26, 247-266

Marques, A. M., Vilar, D., Forreta, F. (2002). Os Afectos e a Sexualidade na Educação Pré-Escolar-Um guia para educadores e formadores. Lisboa: Texto Editora

Masters, W., Johnson, V., & Kolodny, R. (1995). Human sexuality. New York: HarperCollins College Publishers.1995

Menmuir, J., & Kakavoulis, A. (1999). Sexual development and education in early years: A study of attitudes of pre-school staff in Greece and Scotland. Early Child Development and Care, 149, 27-45

de la Mora, V. (2020). Educators’ Perspectives on Sex Education for Elementary-Aged Children (Doctoral dissertation, Mills College).

Robinson, K. H. (2005). Queerying’ gender: Heteronormativity in early childhood education. Australian Journal of Early Childhood, 30(2), 19-28.

Scholes, L. J., Jones, C., Stieler-Hunt, C., Rolfe, B., & Pozzebon, K. (2012). The teachers’ role in child sexual abuse prevention programs: Implications for teacher education. Australian Journal of Teacher Education, 37(11), 104– 131. https://doi.org/10.14221/ajte.2012v37n11.5.

UNESCO (2019). Orientações técnicas internacionais de educação em sexualidade, uma abordagem baseada em evidencias. 2ª Edição Revisada em 369308por.pdf (unfpa.org)

Walker, J., and J. Milton. (2006). “Teachers’ and Parents’ Roles in the Sexuality Education of Primary School Children: A Comparison of Experiences in Leeds, UK and in Sydney, Australia. Sex Education 6 (4): 415–428.

Wieder, S., & Greenspan, S. (2002). A base emocional da aprendizagem. In B. Spodek (org), Manual de investigação em educação de infância (pp. 167-190). Coimbra: Fundação Calouste Gulbenkian.