Desafios na gestão da esperança na prática de enfermagem em cuidados paliativos: uma revisão narrativa
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Resumen
A esperança é uma dimensão fundamental da experiência humana, influenciando não apenas a qualidade de vida de pacientes, mas também a resiliência perante desafios e adversidades. Na prática de enfermagem, a gestão da esperança emerge como um aspeto crucial na prestação de cuidados, especialmente em contexto de cuidados paliativos, onde a complexidade do processo de transição da pessoa e da sua família exige uma abordagem holística e sensível. Este trabalho pretendeu identificar desafios, estratégias e intervenções na prática de enfermagem na gestão da esperança em cuidados paliativos. Realizou-se um estudo qualitativo através de uma revisão narrativa, procurando publicações sobre o tema, em artigos publicados depois de 2010. Dada a escassez de discussões sobre o tema, este estudo procurou, principalmente, explorar tematicamente e problematizar lacunas no conhecimento científico. A análise de 9 artigos e 1 tese permitiu identificar desafios, estratégias e intervenções de enfermagem na gestão da esperança. A esperança constitui um processo dinâmico com objetivos realistas ajustados ao contexto e vivência da pessoa em situação de cuidados paliativos e sua família. A gestão da esperança constitui um foco de atenção na prática de enfermagem, baseada no reconhecimento das vivências, potencialidades e suporte social da pessoa e sua família, sendo concretizada através de estratégias promotoras de esperança. Os profissionais de enfermagem utilizam um conjunto de estratégias específicas para promover e manter a esperança na pessoa em situação paliativa e sua família. Estas estratégias incluem desde a adoção de uma comunicação empática e acolhedora até à prestação de suporte emocional e espiritual adequado às necessidades individuais da pessoa e de seus familiares. Esta abordagem global tem como objetivo não só mitigar o sofrimento físico, mas também proporcionar conforto psicológico e espiritual ao longo do processo de cuidados paliativos, evidenciando a importância da integralidade no cuidado à pessoa em situação de cuidados paliativos.
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