Doença mental crenças dos profissionais da educaçao, saúde e segurança
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Resum
Enquadramento: Ainda persiste na sociedade atual a crença de que as pessoas com doença mental são imprevisíveis, violentas e perigosas, surgindo indiscriminadamente crenças das doenças do foro mental e psiquiátrico, que prejudicam a qualidade de vida das pessoas que delas padecem. Objetivos: Identificar as variáveis sociodemográficas que interferem nas crenças, sobre doença mental, dos profissionais da educação, saúde e segurança; averiguar de que modo as variáveis socioprofissionais interferem nas crenças, sobre doença mental, dos profissionais da educação, saúde e segurança. Métodos: Estudo quantitativo, transversal e descritivo-correlacional. Os dados foram colhidos junto de 136 agentes educativos, sendo 62,5% professores, 32,4% enfermeiros e 5,1% agentes de segurança pública, maioritariamente do género feminino (70,6%), com uma idade média de 48,34 anos (±7,49 anos). Como instrumento de recolha de dados utilizou-se um questionário de caracterização sociodemográfica e socioprofissional e o Inventário de Crenças sobre a Doença Mental (Loureiro, Dias e Ferreira, 2009). Resultados: Os agentes educativos (profissionais da educação, saúde e segurança) apresentam níveis mais elevados de crenças em relação ao reconhecimento da doença (M=4,69±0,64) e em relação à doença mental como condição médica (M=4,48±0,73), com menor índice médio na causa de estigma e discriminação (M=2,21±0,68). As variáveis sociodemográficas que interferiram nas crenças em saúde mental são o sexo, a idade e as habilitações literárias; as variáveis socioprofissionais que influenciaram as crenças em saúde mental nos profissionais da educação, saúde e segurança, foram o grupo profissional e o tempo de serviço; as variáveis preditoras da incurabilidade, do reconhecimento da doença, da perigosidade e da crença na doença mental como condição médica são a idade, o sexo masculino, os residentes em meio urbano e o tempo de serviço ≤20 anos. Conclusões: Os resultados deste estudo levam a inferir a necessidade de se desenvolverem ações de formação e/ou programas de educação para a saúde com o objetivo de dotar as comunidade de mais literacia em saúde mental, onde o enfermeiro tem um papel de destaque, como agente promotor de literacia em saúde mental, o que certamentecontribuirá paraa desmistificação decrençassobreas doenças mentaise um melhorcuidar da pessoa com patologia mental.
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