A virgindade nos adolescentes: perspetiva dos enfermeiros portugueses dos CSP
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Abstract
A adolescência e um período de metamorfoses, que impelem o jovem a assumir as suas próprias decisões. Na puberdade, o organismo é tomado pelas transformações biológicas e impulsos sexuais, o “espaço” pessoal altera-se procurando ajustar-se. A aproximação ao grupo e afastamento da família, assumem uma importância decisiva no âmbito da sexualidade. As transformações, divergências e contradições que pululam na adolescência são entendidas como fonte de problemas de saúde onde o início de relações sexuais, cada dia mais precoces, assumem papel decisivo. Identificar a opinião dos enfermeiros portugueses dos CSP sobre o significado da virgindade na rapariga e rapaz aos 20 anos. Quantitativa, estudo descritivo-correlacional e transversal. Colheita de dados por questionário. Opinaram 1735 enfermeiros de 226 centros de saúde de Portugal continental, Madeira e Açores. Os enfermeiros menores de 38 anos, licenciados, sem filhos adolescentes, sem formação específica para lidar com adolescentes e sobre sexualidade associam a virgindade aos 20 anos no rapaz e rapariga, à espera pelo momento e amor certos e falta de oportunidades. Os enfermeiros com 38 ou mais anos, com especialidade ou mestrado, com filhos adolescentes, formação específica para lidar com adolescentes e sobre sexualidade associam a virgindade no rapaz e na rapariga aos 20 anos, à falta de informação sobre sexualidade ou opção de vida. Dos enfermeiros 76,8% considera que socialmente a virgindade não tem a mesma conotação social para rapazes e raparigas. No geral 43,5% dos enfermeiros consideram a virgindade uma opção de vida. Dos enfermeiros 42,2% consideram que as raparigas esperam mais que os rapazes pelo momento e amor certos. Para os enfermeiros do sexo feminino (p menor que 0,05), a virgindade da rapariga aos 20 anos, é pureza, opção de vida.
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