Satisfação com os cuidados e felicidade em idosos institucionalizados

Contenido principal del artículo

Ana Galvão
André Silva
María José Gomes
Marco Pinheiro

Resumen

A satisfação e a felicidade são aspetos determinantes no processo de envelhecimento saudável e gratificante. O recurso à institucionalização dos mais velhos é uma realidade cada vez mais frequente nas sociedades desenvolvidas, acarretando diversas consequências na vida do idoso. Perante esta transição de contextos vivenciada pelo idoso, torna-se oportuno avaliar a satisfação perante os cuidados prestados e o nível de felicidade, assim, objetivou-se analisar a satisfação com os cuidados e a felicidade de idosos institucionalizados. Realizou-se um estudo de caráter exploratório, descritivo e inferencial, numa amostra constituída por 61 idosos institucionalizados em quatro Estruturas Residenciais para Pessoas Idosas, do concelho de Santa Marta de Penaguião. Aplicouse um inquérito por questionário com o objetivo de recolher dados de contexto Sociodemográfico, Situacional, Familiar e Clínicos. Para avaliar o nível de Satisfação com os cuidados e Felicidade foram utilizadas as seguintes escalas: Escala da Felicidade de Oxford e a Escala de Avaliação da Satisfação em Estrutura Residencial para Pessoas Idosas desenvolvido pelo Instituto da Segurança Social. Concluiu-se quea maioria daamostraé do sexo feminino (75.4%), a faixa etária predominante situa-se entre os 85 e 89 anos (29.5%) são provenientes de aldeia (77%) e viúvos (65.6%) sem nunca terem frequentado a escola (54.1%). Relativamente ao tipo de reforma, os idosos recebem pensões por limite de idade e pensão do cônjuge (31.1%) e pensão do cônjuge e invalidez (31.1%) sendo que a maioria (62.3%) recebe mensalmente um valor entre 251 a 500 euros e encontram-se satisfeitos com esse valor (57.4%). De modo geral, osresultados obtidosatravés dasescalas utilizadas permitem concluir que os participantes, maioritariamente, encontram-se satisfeitos e felizes com a sua vivência de institucionalização. O envelhecimento da população é, antes de tudo, uma estória de sucesso que decorre dos avanços médico, tecnológico e social.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Detalles del artículo

Cómo citar
Galvão, A., Silva, A., Gomes, M. J., & Pinheiro, M. (2020). Satisfação com os cuidados e felicidade em idosos institucionalizados. Revista INFAD De Psicología. International Journal of Developmental and Educational Psychology., 1(2), 57–70. https://doi.org/10.17060/ijodaep.2020.n2.v1.1943
Sección
Artículos
Biografía del autor/a

Ana Galvão, Universidad de Extremadura

Instituto Politécnico de Bragança
UICISA: E

André Silva, Instituto Politécnico de Bragança

Instituto Politécnico de Bragança

María José Gomes, Instituto Politécnico de Bragança UICISA: E

Instituto Politécnico de Bragança
UICISA: E

Marco Pinheiro, ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa

ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa

Citas

Amrhein, V., Greenland, S., & McShane, B. (2019). Retire statistical significance. Nature, 567(March), 7–9.

Baltes, P. B., & Baltes, M. M. (2010). Psychological perspectives on successful aging: The model of selective optimization with compensation. Em P. B. Baltes & M. Baltes(Eds.), Successful Aging (pp. 1–34). Cambridge

University Press. https://doi.org/10.1017/cbo9780511665684.003

Bronfenbrenner, U. (1977). Toward an Experimental Ecology of Human Development. American Psychologist, 32(7), 513–531. https://doi.org/10.1037/0003-066X.32.7.513

Bronfenbrenner, U. (1986). Ecology of the Family as a Context for Human Development. Developmental psychology, 22(6), 723–742.

Bronfenbrenner, U. (2005). Making human beings human: Bioecological perspectives on human development. Em The SAGE Program on Applied Developmental Science. Sage Publications.

Bronfenbrenner, U., & Ceci, S. J. (1994). Nature-nuture reconceptualized in developmental perspective: A bioecological model. Psychological Review, 101(4), 568–586. https://doi.org/10.1037/0033-295X.101.4.568

Bronfenbrenner, U., & Morris, P. A. (2007). The bioecological model of human development. Em Handbook of child psychology: Volume 1. Theoretical models of human development (pp. 793–828). John Wiley & Sons, Inc. https://doi.org/10.1002/9780470147658.chpsy0114

Direção-Geral da Saúde. (2017). Estratégia Nacional para o Envelhecimento Ativo e Saudável - 2017-2025.

Ghasemi, A., & Zahediasl, S. (2012). Normality tests for statistical analysis: A guide for non-statisticians. International Journal of Endocrinology and Metabolism, 10(2), 486–489.

Hills, P., & Argyle, M. (2002). The Oxford Happiness Questionnaire: A compact scale for the measurement of psychological well-being. Personality and Individual Differences, 33(7), 1073–1082. https://doi.org/10.1016/S0191-8869(01)00213-6

Instituto de Segurança Social. (2011). Questionário de avaliação da satisfação de estrutura residencial para idosos.

Kok, L., Berden, C., & Sadiraj, K. (2015). Costs and benefits of home care for the elderly versus residential care: a comparison using propensity scores. European Journal of Health Economics, 16(2), 119–131. https://doi.org/10.1007/s10198-013-0557-1

Moore, D. S., McCabe, G. P., & Craig, B. A. (2009). Introduction to the Practice of Statistics. W. H. Freeman and

Company.

Moore, K., Delaney, J. A., & Dixon, M. R. (2007). Using Indices of Happiness To Examine the Influence of Environmental Enhancements for Nursing Home Residents With Alzheimer’S Disease. Journal of Applied Behavior Analysis, 40(3), 541–544. https://doi.org/10.1901/jaba.2007.40-541

Neocleous, G., & Apostolou, M. (2016). Happinessin and out of nursing homes: Thecase of Cyprus. International Social Work, 59(4), 533–544. https://doi.org/10.1177/0020872815598567

Neri, A. L. (2006). O legado de Paul B. Baltes à Psicologia do Desenvolvimento e do Envelhecimento. Temas em Psicologia, 14(1), 17–34.

Rinnan, E., André, B., Drageset, J., Garåsen, H., Espnes, G. A., & Haugan, G. (2018). Joy of life in nursing homes: A qualitative study of what constitutes the essence of Joy of life in elderly individuals living in Norwegian nursing homes. Scandinavian Journal of Caring Sciences, 32(4), 1468–1476. https://doi.org/10.1111/scs.12598

Schober, P., & Schwarte, L. A. (2018). Correlation coefficients: Appropriate use and interpretation. Anesthesia and Analgesia, 126(5), 1763–1768. https://doi.org/10.1213/ANE.0000000000002864

Thode, H. C. (2002). Testing for Normality. Marcel Dekker, Inc.

WHO. (2002). Active aeging: a policy framework. Em World Health Organization. OMS.

WHO. (2015). Envelhecimento ativo: uma política de saúde. Organização Pan-Americana da Saúde.