Diversidade Cultural de Psicanálise de Casal e Família - “Viúvas e órfãos de vivos”

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Sizalda Oliveira

Laburpena

As conquistas, os descobrimentos marcam a História de Portugal, que se contempla na apropriação intracultural familiar. A guerra, a emigração, inscrevem na população um “estranho desejo”, que se volta para o exterior. Os homens vão-se…ficam as mulheres e os filhos.... Institui-se o legado familiar, promovendo o impasse geracional e constitui-se o fantasma familiar. Aguardam a vinda messiânica, ficando presos e impedidos de aceder à ambivalência afetiva e à mensagem paradoxal.
Constroem-se vínculos patológicos, coexistentes com um narcisismo familiar frágil. Vive-se a pseudo- segurança da união com o fantasma do presente-ausente, verifica-se a ausência de desenvolvimento do “self familiar” coeso e coerente, tão característico das “Famílias de Vidro”. As vulnerabilidades emocionais destes agregados familiares inscrevem nas suas memórias traumas, culpas, lutos suspensos e, sofrimentos não mentalizados que culminam em (de)formações narcísicas e falhas identitárias que, interrogamos: não estarão ao serviço dos objetos fantasmáticos transgeracionais, à pró-cura de dinâmicas transformadoras com sentido e significantes?

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Atala
Artículos
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Psicóloga Clínica, Doutouranda em Psicologia Clínica pela Universidade de Lisboa, Diretora de Grupo Psicodrama Psicanalítico, Psicoterapeuta psicanalítica.

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