Necessidades dos cuidadores informais da pessoa com demência em contexto de institucionalização de longo prazo: revisão scoping

##plugins.themes.bootstrap3.article.main##

Júlio Belo Fernandes
Diana Alves Vareta
Florencio Vicente Castro

Laburpena

Enquadramento: Assumir a decisão de institucionalizar a pessoa com demência é uma situação que desencadeia stress nos cuidadores informais, verificando-se relatos de sentimentos de perda de controlo, solidão, isolamento, culpabilização e vergonha por não conseguirem manter o papel de cuidadores. É fundamental conhecer quais são as necessidades sentidas pelos cuidadores informais da pessoa com demência em contexto de institucionalização de longo prazo, de modo a poder ser realizada uma intervenção centrada na pessoa, englobando o seu familiar como parte do cuidar.
Objetivo: Identificar as necessidades dos cuidadores informais da pessoa com demência em contexto de institucionalização de longo prazo.
Método: Revisão Scoping desenvolvida sob as orientações do Joanna Briggs Institute, com recurso a pesquisa no motor de busca EBSCO, nas bases de dados MEDLINE e CINAHL, e na base de dados ScienceDirect, com o friso temporal de 2009 a 2018.
Resultados: Foram selecionados seis artigos que envolveram cuidadores de pessoas com demência em contexto de institucionalização de longo prazo. Verificou-se que existem necessidades distintas nas fases pré e pós-institucionalização. A pré-institucionalização relacionada com o processo de tomada de decisão de institucionalizara pessoa, ondeseincluem as necessidades deconhecer previamente a instituição e a existência de uma
rede de apoio que suporte a decisão. A pós-institucionalização, diz respeito a todas as necessidades que surgem desde o momento de admissão da pessoa na instituição de cuidados a longo prazo, nomeadamente o acolhimento, o apoio durante as visitas, o estabelecimento de uma parceria com os cuidadores formais, a monitorização da qualidade dos cuidados e as questões financeiras. Conclusão: A institucionalização da pessoa com demência desencadeia nos cuidadores informais novos focos de necessidades que devem ser alvo de intervenção por parte dos profissionais de saúde, de modo a facilitar o processo de transição subjacente.

##plugins.generic.usageStats.downloads##

##plugins.generic.usageStats.noStats##

##plugins.themes.bootstrap3.article.details##

Atala
Artículos
##submission.authorBiographies##

##submission.authorWithAffiliation##

Escola Superior de Saúde Egas Moniz
Centro de Investigação Interdisciplinar Egas Moniz

##submission.authorWithAffiliation##

Instituição: Instituto Politécnico de Setúbal
Escola Superior de Saúde

##submission.authorWithAffiliation##

Profesor Doctor Catedrático en la Facultad de Educación
Universidad de Extremadura

Erreferentziak

Afram, B., Verbeek, H., Bleijlevens, M. H., & Hamers, J. P. (2015). Needs of informal caregivers during transition from home towards institutional care in dementia: a systematic review of qualitative studies, Int. Psychogeriatric, 27(6), 891–902. DOI: 10.1017/S1041610214002154.

Cronfalk, B., Ternestedt, B., & Norberg, A. (2017). Being a close family member of a person with dementia living in a nursing home, Journal of Clinical Nursing, 26(21-22), 1-10. DOI: 10.1111/jocn.13718.

Gaugler, J. E., Mittelman, M.S., Hepburn, K., & Newcomer, R. (2009). Predictors of change in caregiver burden and depressive symptoms following nursing home admission, Psychol Aging, 24(2), 385–396. DOI:10.1037/a0016052.

Graneheim, U., Johansson, A., & Lindgren, B. (2014). Family caregivers’ experiences of relinquishing the care of a person with dementia to a nursing home: insights from a meta-ethnographic study, Scandinavian Journal of Caring Sciences, 28, 215–224. DOI: 10.1111/scs.12046.

Hainstock, T., Cloutier, D., & Penning, M. (2017). From home to ‘home’: Mapping the caregiver journey in the transition from home care into residential care, Journal of Aging Studies, 43, 32–39. DOI: 10.1016/j.jaging.2017.09.003.

Hoffmann F., & Rodrigues, R. (2010). Informal carers: who takes care of them? European Centre for Social Welfare Policy and Research, Viena. Disponível em: http://www.euro.centre.org/detail.php?xml_id=1714

Joanna BriggsInstitute(2015). Joanna BriggsInstitute Reviewers’ Manual: 2015 edition / Supplement. TheJoana Briggs Institute. The Joanna Briggs Institute. Disponível em: https://nursing.lsuhsc.edu/JBI/docs/ReviewersManuals/Scoping-.pdf

Johansson, A., Ruzin, H. O., Graneheim, U. H., & Lindgren, B. (2014). Remaining connected despite separation – former family caregivers’ experiences of aspects that facilitate and hinder the process of relinquishing the care of a person with dementia to a nursing home, Aging & Mental Health, 18(8), 1029–1036. DOI:10.1080/13607863.2014.908456.

Joling, K. J., van Marwijk, H. W., Veldhuijzen, A. E., van der Horst, H. E., Scheltens, P., Smit, F., & van Hout, H. P. (2015). The two-year incidence of depression and anxiety disorders in spousal caregivers of persons with dementia: who is at the greatest risk? Am J Geriatr Psychiatry, 23(3), 293–303. DOI: 10.1016/j.jagp.2014.05.005.

Law, K., Patterson, T., & Muers, J. (2016). Staff Factors Contributing to Family Satisfaction with Long-Term Dementia Care: A Systematic Review of the Literature, Clinical Gerontologist, 40(5), 326-351. DOI: 10.1080/07317115.2016.1260082.

Meleis, A. (2010). Transitions Theory: Middle Range and Situation Specific Theories in Nursing Research and Practice. New York: Springer Publishing Company.

Muller, C., Lautenschläger, S., Meyer, G., & Stephan, A. (2017). Interventions to support people with dementia and their caregivers during the transition from home care to nursing home care: A systematic review, International Journal of Nursing Studies, 71, 139–152. DOI: 10.1016/j.ijnurstu.2017.03.013.

Organização para Cooperação e Desenvolvimento Económico. (2017). Health at a Glance 2017. Paris: OECD Publishing. Disponível em: https://ec.europa.eu/health/sites/health/ files /state/docs/2018_healthatglance_rep_en.pdf

Pereira, H. J. A. R., (2011). Subitamente cuidadores informais! A experiência de transição para o papel de cuidador informal a partir de um evento inesperado. (Tese de doutoramento). Universidade de Lisboa, Portugal. Disponível no RCAAP http://repositorio.ul.pt/bitstream/10451/3916/1/ulsd61020_td_Helder_Pereira.pdf

Pinquart, M., & Sörensen, S. (2003). Differences between caregivers and noncaregivers in psychological health and physical health: a meta-analysis, Psychol Aging, 18(2), 250–267. DOI: 10.1037/0882-7974.18.2.250.

Prince, M., Wimo, A., Guerchet, M., Ali, G. C., Wu, Y.T., & Prina, M. (2015). The Global Impact of Dementia: An Analysis of Prevalence, Incidence, Cost and Trends - World Alzheimer Report 2015. Londres: Alzheimer’s Disease International. Disponível em: https://www.alz.co.uk/research/WorldAlzheimerReport2015.pdf

Santana, I., Farinha, F., Freitas, S., Rodrigues, V., & Carvalho, A. (2015). Epidemiologia da Demência e da Doença de Alzheimer em Portugal: Estimativas da Prevalência e dos Encargos Financeiros com a Medicação, Acta Médica Portuguesa, 28(2), 182-188.

Sury, L., Burns, K., & Brodaty, H. (2013). Moving in: adjustment of people living with dementia going into a nursing home and their families, International Psychogeriatrics, 25, 867–876. DOI: 10.1017/S1041610213000057.

Thompson, G. N., & Roger, K. (2014). Understanding the needs of family caregivers of older adults dying with dementia, Palliative & Supportive Care, 12, 223–231. DOI: 10.1017/S1478951513000461.