Validação do questionário de avaliação de competências socioemocionais para alunos de 1º e 2º ciclo do ensino básico

##plugins.themes.bootstrap3.article.main##

Vítor Alexandre Coelho
Vanda Sousa

Laburpena

Nas últimas décadas, a Aprendizagem SocioEmocional tem-se tornado num fenómeno global. No entanto, à expansão existente na criação de programas não tem correspondido um equivalente crescimento no desenvolvimento de instrumento de avaliação de competências socioemocionais, o que acarreta problemas na correta avaliação dos efeitos dos programas SEL. O presente estudo apresenta a validação de um instrumento (que já apresentava qualidades psicométricas junto de uma faixa etária mais alta), o Questionário de Avaliação de Competências SocioEmocionais (Coelho, Marchante e Sousa, 2014), a alunos de nove a 12 anos. Assim, o instrumento foi aplicado a 765 alunos (52.7% rapazes) do 4º e 6º ano de escolaridade, com idades entre os nove e os 12 anos (Midade = 10.07; DP = 1.26). Foi conduzida uma Análise Fatorial Confirmatória e análises de consistência interna e de validade concorrente, bem como análises dos efeitos de género e desenvolvimentistas. Os resultados indicam que esta versão QACSE é composto por 39 itens e apresenta uma estrutura bifatorial, composta por quatro dimensões socioemocionais correlacionadas; autocontrolo, consciência social, competências relacionais e tomada de decisão responsável. O QACSE apresenta ainda duas dimensões de dificuldades socioemocionais correlacionadas; isolamento social e ansiedade social. As dimensões do presente questionário apresentam níveis elevados de correlação com as dimensões correspondentes de outro questionário similares. Foram ainda encontradas diferenças de género, com as raparigas a apresentarem níveis mais altos de autocontrolo, consciência social, tomada de decisão responsável e ansiedade social. Desta forma, é possível concluir que o QACSE se mostrou um instrumento válido, fiável e de preenchimento rápido, adequado para avaliar as competências socioemocionais e as dificuldades socioemocionais de alunos dos nove aos 12 anos, na sua multidimensionalidade.

##plugins.generic.usageStats.downloads##

##plugins.generic.usageStats.noStats##

##plugins.themes.bootstrap3.article.details##

Atala
Artículos
##submission.authorBiographies##

##submission.authorWithAffiliation##

Académico de Torres Vedras

##submission.authorWithAffiliation##

Académico de Torres Vedras

Erreferentziak

Collaborative for Academic, Social, and Emotional Learning (2005). Safe and sound: An educational leader’s guide to evidence based social and emotional learning programs – Illinois edition. Chicago: Author.

Collaborative for Academic, Social, and Emotional Learning (2012). 2013 CASEL guide: Efective social and emotional learning programs (Preschool and elementary school edition). Chicago, IL: Authors.

Coelho, V., e Figueira, A. (2011). Project “Positive Attitude”: promoting school success through social and emotional abilities development. Design for elementary and middle school students, in Portugal. Interamerican Journal of Psychology, 45(2), 185–192.

Coelho, V. A. e Sousa, V. (2018). Differential effectiveness of a middle school social and emotional learning program: Does setting matter? Journal of Youth and Adolescence, 47, 1978-1991. doi:10.1007/s10964-018-0897-3

Coelho, V., Sousa, V. e Marchante, M. (2015). Development and validation of the social and emotional competencies evaluation questionnaire. Journal of Developmental and Educational Psychology, 5(1), 139–147. doi:10.5539/jedp.v5n1p139.

Coelho, V., Sousa, V., Raimundo, R. e Figueira, A. (2017). The impact of a Portuguese middle school social–emotional learning program. Health Promotion International, 32, 292-300. doi: 10.1093/heapro/dav064

Durlak, J., Weissberg, R., Dymnicki, A., Taylor, R. & Schellinger, K. (2011). The impact of enhancing students’ social and emotional learning: A meta analysis of school based universal interventions. Child Development, 82(1), 405 432. doi:10.1111/j.1467-8624.2010.01564.x

Ferreira, C. & Rocha, A. M. (2004). BAS-3, Bateria de Socialização (Auto-avaliação). Lisboa: CEGOC.

Harter, S. (2006). Developmental and individual difference perspectives on self-esteem. In D. K. Mroczek & T. D. Little (Eds.), Handbook of personality development (p. 311–334). New Jersey: Lawrence Erlbaum Associates Publishers.

Mahoney, J. L., & Weissberg, R. P. (2019). What is systemic social and emotional learning and why does it matter? The Blue Dot, 10, 16-24. Retrieved from: http://mgiep.unesco.org/the-bluedot

Silva, F., & Martorell, M. C. (1995). BAS3: Bateria de Socialización (Autoevaluación) [BAS-3, Social Skills Battery (Self-Report)]. Madrid, Spain: TEA Ediciones.

Taylor, R., Oberle, E., Durlak, J. A., & Weissberg, R. P. (2017). Promoting positive youth development through school-based social and emotional learning interventions: A meta-analysis of follow-up effects. Child Development, 88, 1156–1171. doi:10.1111/cdev.12864

Wiglesworth, M., Lendrum, A., Oldfield, J., Scott, A., ten Bokkel, I., Tate, K., & Emery, C. (2016). The impact of trial stage, developer involvement and international transferability on universal social and emotional learning programme outcomes: A meta-analysis. Cambridge Journal of Education, 46, 347-376.

doi:10.1080/0305764X.2016.1195791