Solidão e isolamento nos idosos em Portugal: revisão sistemática da literatura
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Laburpena
Portugal é um dos países europeus mais envelhecidos. A solidão e o isolamento nos idosos podem desencadear enorme sofrimento, com grande impacto na sua vida e na sua saúde. Este trabalho, pretende descrever e analisar a solidão e o isolamento em idosos em Portugal, identificando os determinantes e as estratégias adotadas no combate à solidão. É uma revisão sistemática da literatura. Os termos de pesquisa utilizados foram “solidão”,“isolamento” e “idoso”, nas bases de dados científicos RCAAP e Scielo, com intervalo temporal 2010-2018. Após aplicação dos critérios de inclusão e exclusão e avaliação da qualidade dos artigos, resultaram 8 artigos. Maioritariamente utilizaram metodologias quantitativas, com amostragem não probabilística. Foram identificados em todos os estudos baixos níveis de solidão e isolamento. Os determinantes de solidão e isolamento identificados nesta revisão são a morte do conjugue (50%), seguido da perda ou enfraquecimento da relação com os filhos (37,5%), o ser mulher (37,5%), o viver só (37,5%), a incapacidade de desempenho das AVD (37,5%), o aumento da idade (25%) e a presença de doenças (25%) e as carências económicas (12,50%). Estão presentes a adoção de adoção de mecanismos ou estratégias de combate à solidão e isolamento, que evidenciam a procura de atividades de relação, de inclusão e por outro lado, uma certa acomodação ao viver só. Concluímos que os idosos portugueses estudados apresentam em geral níveis baixos de isolamento e solidão. Sendo os principais determinantes o sexo, a idade, a presença do conjugue, o viver só, as relações com os filhos, a autonomia no desempenho das AVD, as comorbilidades e as carências económicas. Como estratégias de combate ou controlo da solidão surge a procura de atividades de relação, de inclusão e a adaptação ou acomodação ao viver só. O conhecimento desta realidade é de crucial importância ao nível da tomada de decisão.
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