Os conflitos interpessoais no brasil e as violências escondidas

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Telma P. Vinha

Laburpena

No cotidiano da escola, educadores deparam-se frequentemente com situações em que a falta de ética é sentida e permeada, muitas vezes, pela violência, indisciplina, transgressões ou por incivilidades que fazem perpetuar na escola uma relação de desrespeito e falta de cidadania. Tanto os alunos quanto os funcionários e profissionais em educação são afetados por tal situação. Os educadores alegam estar intimidados e desmotivados diante das constantes situações de conflitos, sentindo-se, em geral, despreparados e inseguros para intervir de forma mais construtiva, pautando suas ações principalmente no senso comum, visto que poucos estudaram essas questões em cursos de formação. Esses profissionais,em sua maioria, não diferenciam os diferentes tipos de problemas de convivência presentes no cotidiano da escola, empregando, independentemente do problema, intervenções que visam principalmente a contê-los ou evitá-los. Não concebem os conflitos como pedagógicos, ou seja, como oportunidades para trabalhar os valores morais e a necessidade das regras, favorecendo o desenvolvimento da autorregulação, o reconhecimento das perspectivas envolvidas e a busca de soluções mais cooperativas. Sem espaços para discussão e para a resolução dialógica dos conflitos interpessoais, nem para a aprendizagem da democracia, crianças e adolescentes não desenvolvem estratégias de negociação mais assertivas e respeitosas, sendo apresentados como transgressores a uma ordem instituída.

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