Desejo de ter um filho em jovens adultos: impacto do contexto sociodemográfico e auto-estima
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Résumé
Enquadramento: O Índice Sintético de Fecundidade (ISF) português é dos mais baixos da
Europa. No entanto, o desejo de cada individuo jovem ter um filho, sem qualquer restrição é superior ao valor de referência para a substituição de gerações. Objetivos: Compreender a relação entre as variáveis sociodemográficas e a auto-estima no desejo de ter um filho em jovens adultos. Métodos: Estudo quantitativo, descritivo-correlacional, com uma amostra não probabilística por conveniência, constituída por 398 participantes, com uma média de idade de 20,79 anos (sd=2,785). O protocolo de investigação foi um questionário que caracteriza o perfil sociodemográfico. Foi ainda incluído o questionário de desejo de ter um filho de Cameira, Cabral, Leal, e Pais- Ribeiro (2000), constituído por três dimensões (parentalidade, necessidades do casal e necessidades egóicas) e escala de autoestima de Rosenberg (Rosenberg, 1965, adaptado). Resultados: É no sexo feminino e no grupo etário ≤ 19 anos que o desejo de ter um filho é maior. Ter namorado(a), pertencer a uma família alargada ou não ter irmãos está relacionado com maior desejo de ter um filho, sem diferenças estatísticas significativas. A autoestima tem impacto no desejo de ter um filho. Conclusões: As equipas multiprofissionais que se relacionam diretamente com jovens adultos devem promover a natalidade, tendo em consideração não só a preparação e capacitação para a parentalidade, mas também a promoção da saúde sexual e reprodutiva.
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