Sentido de vida, saúde mental e bem-estar em adultos: que relações?

Contenido principal del artículo

Raquel Santos
Carla Fonte
Cristina Pimentão

Resumen

Descobrir um sentido de vida é uma inquietação do ser humano que desde sempre existiu sendo considerado um objeto de estudo e foco de várias reflexões e teorias. Filósofos como Aristóteles e Epicuro afirmaram que o sentido da vida consiste em alcançar a verdadeira felicidade, reflectindo a necessidade de dar um significado à existência humana. Inicialmente, a investigação sobre o sentido da vida, ao tentar compreender a procura do indivíduo por um sentido, seguiu uma abordagem existencial, sendo que final do século XX, aquando da emergência da Psicologia Positiva emerge um maior investimento e conhecimento por parte da comunidade científica em torno destas questões, sendo o sentido da vida, considerado uma das componentes do bem-estar. Apresenta-se um estudo que teve como objectivo analisar a relação entre o sentido de vida, a saúde mental e o bem-estar numa amostra de 247 adultos, com idades compreendidas entre os 18 e os 69 anos. Os dados foram recolhidos com recurso ao Questionário de Sentido de Vida e à Escala Continuum de Saúde Mental. Os resultados indicaram que os indivíduos com níveis elevados de presença de sentido de vida apresentavam níveis igualmente elevados de bem-estar, enquanto que, por sua vez, os indivíduos com níveis elevados de procura de sentido de vida, apresentaram níveis menores de bemestar, sublinhando a forte relação entre estas duas dimensões.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Detalles del artículo

Cómo citar
Santos, R., Fonte, C., & Pimentão, C. (2021). Sentido de vida, saúde mental e bem-estar em adultos: que relações?. Revista INFAD De Psicología. International Journal of Developmental and Educational Psychology., 2(1), 315–326. https://doi.org/10.17060/ijodaep.2021.n1.v2.2110
Sección
Artículos

Citas

Albuquerque, A. & Tróccoli, B. (2004). Desenvolvimento de uma escala de bem-estar subjetivo. Psicologia: teoria e prática, 20 (2), 153-164.

Baumeister, R. F., Vohs, K. D., Aaker, J. L., &Garbinsky, E. L. (2013). Some key differences between a happy life and a meaningful life. TheJournalof Positive Psychology, 1, 1-12.

Bastos, A. (2004). Um sentido para a vida- O equilíbrio do infinito do ser. Águeda: Paulinoseditora.

Brassai, L., Piko, B., & Steger, M. (2011). Meaning in Life: Is It a Protective Factor for Adolescents’ Psychological Health? InternationalSocietyofBehavioral Medicine, 18,44-51.

Carneiro, C., &Abritta, S. (2008). Formas de existir: A busca de sentido para a vida. Revista de Abordagem Gestáltica, 14, 190-194.

Cohen, K., & Cairns, D. (2011). Is searching for meaning in life associated with reduced subjective well-being? Confirmation and possible moderators. Journal of happiness studies, 13 (2), 313-331.

Dunn, M. G., & O’Brien, K. M. (2009). Psychological Health and Meaning in Life Hispanic. JournalofBehavioralSciences, 31(2), 204–22.

Frankl, V. (2012). O homem em busca de um sentido. Alfragide: Lua de papel.

Fonte, C., Silva, I., Vilhena, E. & Keyes, C. (2020). The Portuguese Adaptation of the Mental Health Continuum-Short Form for Adult Population. Community Mental Health Journal, 56 (2), 368-375, DOI 10.1007/s10597-019-00484-8.

Hallford, D. J., Mellor, D., Cummins, R. A., & McCabe, M. P. (2016). Meaning in Life in Earlier and Later Older-Adulthood: Confirmatory Factor Analysis and Correlates of the Meaning in Life Questionnaire. Journal of Applied Gerontology, 3, 72 -73.

Haring-Hidore, M., Stock, W. A., Okun, M. A., & Witter, R. A. (1985). Marital Status and Subjective Well-Being: A Research Synthesis. Journal of Marriage and the Family, 47(4), 947.

Keyes, C. (1998). Social well-being. Social Psychology Quarterly, 61 (2), 121-140.

Keyes, C. (2002). The mental health continuum: from languishing to flourishing in life. Journal of Health and Social Research, 43, 207-222.

Keyes, C. (2005). Mental illness and/or mental health? Investigating axioms of the complete state model of health. Journal of Consulting and Clinical Psychology, 73(3), 539-548

Kraus, T., Rodrigues, M., & Dixe, M. (2008). Sentido de vida, saúde e desenvolvimento humano. Revista referência, 10, 77-88.

Lussier, M. (2000). Conhecer-se e melhor viver. Sintra: Publicações Europa-América.

Maia, J. (2015). O bem-estar psicológico e satisfação com a vida em pessoas adultas e idosas. (Dissertação de Mestrado, Universidade dos Açores, Portugal).

Organização Mundial de Saúde. (2002). Relatório Mundial da Saúde-Saúde Mental: nova conceção, nova esperança. (1ºed). Lisboa: Direção Geral da Saúde.

Park, N., Park, M., & Peterson, C. (2010). When is the search for meaning related to life satisfaction? Jounal of occupational and organizational psychology, 2 (1), 1-13.

Portugal, M. (2017). Versão portuguesa do questionário do sentido da vida: primeiros estudos psicométricos (Dissertação de Mestrado, Universidade de Lisboa, Lisboa, Portugal).

Ryan, R. M. &Deci, E. L. (2001). On happiness and human potentials: a review of research on hedonic and eudaimonic well-being. Annual Review of Psychology, 52, 141-166

Ryff, C. (1989). Happiness is everything, or is it? Explorations on the meaning of psychological wellbeing. Journal of personality and social psychology, 57 (6), 1068-1081.

Ryff, C. & Keyes, C. (1995). The structure of psychological well-being revisited. Journal of Personality and Social Psychology, 69 (4), 719-727

Steger, M., Kawabata, Y., Shimai, S. & Otake, K. (2007). The meaningful life in Japan and the United States: levels and correlates of meaning in life. Journal of Research in Personality, 42, 660-678.

Steger, M. F., &Kashdan, T. B. (2006). Stability and specificity of meaning in life and life satisfaction over one year. Journal of Happiness Studies, 8(2), 161–179.

Vivaldi, F.& Barra, E. (2012). Bienestar psicológico, apoyo social percebido y percepción de salude en adultos mayores. Terapia Psicológica, 30 (2), 23-29.

Westerhof, G. J. & Keyes, C. L. M. (2010). Mental illness and mental health: the two continua model across the lifespan. Journal of Adult Development, 17, 110-119.

Zubieta, E., Delfino, G. (2010). Satisfacción com la vida, bienestar psicológico y bienestar social en estudantes universitários de Buenos Aires. Faculdad de psicologia – UBA/ secretaria de investigaciones/anuário de investigaciones, 17, 277-283.