Efetividade dos programas de Aprendizagem SocioEmocional: o impacto da satisfação dos participantes sobre os resultados

Contenido principal del artículo

Vanda Sousa
Vítor Alexandre Coelho

Resumen

A Aprendizagem SocioEmocional (ASE) tem ganho reconhecimento, quer no meio científico, quer no campo da prática, com uma crescente demanda para que sejam estudados, não só os seus resultados, mas também a efetividade diferencial destes programas e os factores que influenciam os seus resultados. Os níveis de envolvimento dos participantes nestes programas tem sido apontado como uma variável influente nos seus resultados, no entanto, poucos são os estudos que testam o papel desta variável. No presente estudo são analisados os resultados diferenciais de programas ASE em função dos níveis de envolvimentos dos participantes, considerando a satisfação dos participantes com o programa. Fizeram parte deste estudo 632 participantes, do 4º ao 8º ano de escolaridade, que participaram num programa ASE (Midade = 10.89; DP = 1.45; 49.8% raparigas). Foram avaliados os níveis iniciais e finais de competências socioemocionais (Autocontrolo, Consciência Social, Competências Relacionais, Tomada de Decisão), assim como os níveis de satisfação com o programa, tendo sido criados três grupos quanto ao grau de satisfação. Para análise dos dados foram utilizadas ANOVAs de medidas repetidas. Não se observou, para nenhuma das dimensões consideradas, efeitos de interação significativos entre tempo e grau de satisfação, indicando estes resultados que o grau de satisfação não tem um impacto significativo na eficácia dos programas. São identificadas limitações do estudo e discutidas implicações práticas, salientando estes resultados que a satisfação não avalia a eficácia dos programas, sendo um erro operacionalizar o sucesso destes com base na satisfação.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Detalles del artículo

Cómo citar
Sousa, V., & Alexandre Coelho, V. (2021). Efetividade dos programas de Aprendizagem SocioEmocional: o impacto da satisfação dos participantes sobre os resultados. Revista INFAD De Psicología. International Journal of Developmental and Educational Psychology., 2(2), 403–412. https://doi.org/10.17060/ijodaep.2021.n2.v2.2248
Sección
Artículos

Citas

Arora, P. G., Connors, E. H., George, M. W., Lyon, A. R., Wolk, C. B., & Weist, M. D (2016). Advancing Evidence- Based Assessment in School Mental Health: Key Priorities for an Applied Research Agenda. Clinical Child & Family Psychology Review, 19, 271–284. Doi: 10.1007/s10567-016-0217-y

Calderon, O. (2013). Direct and Indirect Measures of Learning Outcomes in an MSW Program: What Do We Actually Measure? Journal of Social Work Education, 49, 408-419. DOI: 10.1080/10437797.2013.796767

Coelho, V. A., & Sousa, V. (2017). Comparing Two Low Middle School Social and Emotional Learning Program Formats: A Multilevel Effectiveness Study. Journal of youth and adolescence, 46(3), 656–667. https://doi.org/10.1007/s10964-016-0472-8

Coelho, V. A., & Sousa, V. (2018). Differential Effectiveness of a Middle School Social and Emotional Learning Program: Does Setting Matter?. Journal of youth and adolescence, 47(9), 1978–1991. https://doi.org/10.1007/s10964-018-0897-3

Coelho, V. A., & Sousa, V. (2020). Validação do questionário de avaliação de competências socioemocionais para alunos de 1º e 2º ciclo do ensino básico. International Journal of Developmental and Educational Psychology, 2(1), 431-440. https://doi.org/10.17060/ijodaep.2020.n1.v2.1863

Coelho, V., Freitas, M. & Sousa, V. (2006). Satisfaction Scale Transição Positiva (not published)

Coelho, V., & Figueira, A. (2011). Project “Positive Attitude”: promoting school success through social and emotional abilities development. Design for elementary and middle school students, in Portugal. Interamerican Journal of Psychology, 45(2), 185-192.

Coelho, V. A., Marchante, M., & Sousa, V. (2015). “Positive Attitude”: A multilevel model analysis of the effectiveness of a Social and Emotional Learning Program for Portuguese middle school students. Journal of Adolescence, 43, 29-38. doi: 10.1016/j.adolescence.2015.05.009

Coelho, V. A., Marchante, M., & Sousa, V. (2016). Positive Attitude Program’s impact upon self-concept across childhood and adolescence. Revista de Psicodidáctica, 21(2), 261-282. doi: 10.1387/RevPsicodidact.15129

Coelho, V. A., Sousa, M. & Figueira, A. P. (2016). The effectiveness of a Portuguese elementary school social and emotional learning program. Journal of Primary Prevention, 37, 433-447. doi: 10.1007/s10935-016-0445-4

Coelho, V. A., Sousa, V., & Marchante, M. (2015). Development and validation of the Social and Emotional Competencies Evaluation Questionnaire. Journal of Educational and Developmental Psychology, 5(1), 139-147. doi: 10.5539/jedp.v5n1p139

Collaborative for Academic, Social, and Emotional Learning. (2012). 2013 CASEL guide: Effective social and emotional learning programs (Preschool and elementary school edition). Chicago, IL: Authors.

Collaborative for Academic, Social and Emotional Learning. (2015). CASEL Guide: Effective social and emotional learning programs—middle and high school edition. Collaborative for Academic, Social and Emotional Learning. CASEL, 1–45.

Cook-Sather, A., Krishna Prasad, S., Marquis, E. and Ntem, A. (2019), Mobilizing a Culture Shift on Campus: Underrepresented Students as Educational Developers. Teaching and Learning, 2019, 21-30. https://doi.org/10.1002/tl.20345

Direção Geral da Saúde (2016). Manual para a Promoção de Competências Socioemocionais em meio escolar. Lisboa, 2016.

Domitrovich, C. E., Durlak, J. A., Staley, K. C., & Weissberg, R. P. (2017). Social-Emotional Competence: An Essential Factor for Promoting Positive Adjustment and Reducing Risk in School Children. Child Development, 88(2), 408-416. doi: 10.1111/cdev.12739

Durlak, J. A., Weissberg, R. P., Dymnicki, A. B., Taylor, R. D., & Schellinger, K. B. (2011). The Impact of Enhancing Students’ Social and Emotional Learning: A Meta-Analysis of School-Based Universal Interventions. Child Development, 82(1), 405–432. https://doi.org/10.1111/j.1467-8624.2010.01564.x

Matos, M. G. (Ed.) (1997). Manual de Utilização: Programa de promoção da competência social. Lisboa: Ministério da Educação

McKown, C. (2019). Challenges and Opportunities in the Applied Assessment of Student Social and Emotional Learning. Educational Psychologist, 54(3), 205–221. https://doi.org/10.1080/00461520.2019.1614446

Taylor, R.D., Oberle, E., Durlak, J.A. and Weissberg, R.P. (2017)., Promoting Positive Youth Development Through School-Based Social and Emotional Learning Interventions: A Meta-Analysis of Follow-Up Effects. Child Development, 88, 1156-1171. https://doi.org/10.1111/cdev.12864

Villarreal, V., Ponce, C., & Gutierrez, H. (2015). Treatment acceptability of interventions published in six school psychology journals. School Psychology International, 36(3), 322–332. https://doi.org/10.1177/0143034315574153

Weissberg, R.P., Durlak, J.A., Domitrovich, C.E., & Gullotta, T.P. (2015). Social and emotional learning: Past, present, and future. In J.A. Durlak, C.E. Domitrovich, R.P. Weissberg & T.P. Gullotta (Eds.), Handbook of social and emotional learning: Research and practice (pp. 3–19). New York, NY: Guilford.