A prevençao quaternária, metáforas e provérbios populares

Contenu principal de l'article

Júlia Maria Guilherme Ribeiro Antunes

Résumé

A avalanche de cuidados de saúde tem seguido um crescendo paradoxal, dificilmente explicável perante a melhoria cultural generalizada das sociedades dos países desenvolvidos que afinal, mais parecem um bando de fugitivos aterrorizados por tudo e por nada ! A relação com o corpo parece ser mediada pelo medo e só acalma com resultados ditos “normais” pois em caso contrário abrem-se largamente as portas de overdiagnosis, overmedicalization, overtreatment, overscreenings, overinformation, aí temos as cascatas diagnósticas que começam e nunca mais se sabe onde acabam, acompanhando-se de inúmeras terapêuticas curativas / preventivas, não dando oportunidades ao corpo, per si, de voltar a encontrar o seu equilíbrio! A medicina baseada na evidência e o método clinico centrado na pessoa integram a prevenção quaternária, que visa estabelecer novas margens e novos rumos mais adequados aos diferentes momentos pessoais contextualizados com o ambiente, metas, economia que evoluem num sentido adaptativo permanente para a Homeostase. Alguns provérbios populares sustentam o que hoje já é insustentável: a legitimam a prática médica baseada no medo irracional, na compulsão e obsessão que no final promovem biliões de lucros ás grandes companhias farmacêuticas! Outros porém, ajudam e promovem globalmente a saúde. Enquanto há saúde quedos estão os santos. Deitar cedo e cedo erguer dá saúde e faz crescer. É melhor prevenir do que remediar. Saúde cuidada, vida conservada. Quem tem saúde de ferro, pode um dia enferrujar. Quem tem saúde e liberdade, é rico e não o sabe. Saúde cuidada, vida conservada. O tempo tudo cura menos velhice e loucura. Teme a velhice porque nunca vem só” Estes aforismos, representações sociais da saúde e da doença, podem ser usados na educação e promoção da saúde, ver mesmo numa nova saúde pública.

Téléchargements

Les données relatives au téléchargement ne sont pas encore disponibles.

Details de l'article

Comment citer
Guilherme Ribeiro Antunes, J. M. (2022). A prevençao quaternária, metáforas e provérbios populares. Revista INFAD De Psicología. International Journal of Developmental and Educational Psychology., 2(1), 149–152. https://doi.org/10.17060/ijodaep.2022.n1.v2.2331
Rubrique
Artículos

Références

Antunes, J. M. G. R. (2015). Metáforas e medicamentos, nos itinerários de saúde/doença de jovens universitários. International Journal of Developmental and Educational Psychology, 1(1), 495-506.

Antunes, J. M. G. R. (2019). A prevenção quaternária e o iceberg das pseudo–doenças, incidentalomas e afins!. Revista INFAD de Psicología. International Journal of Developmental and Educational Psychology., 5(1), 411-416.

Bragança Júnior, A. (1999). Considerações acerca da Fraseologia, sua Conceituação e Aplicabilidade na Idade Média. Revista Filológica, 5, (13), 41-51.

Silva, V. (2020). Bater ou não bater nas crianças? Análise a partir dos Provérbios bíblicos. HORIZONTE-Revista de Estudos de Teologia e Ciências da Religião, 301-301.

Carmody, TP (1997). Comportements liés à la santé : facteurs communs. Manuel de Cambridge de psychologie, santé et médecine , 117-121.

D’Hammonville, David-Marc. La Bible d Alexandrie LXX: Les Proverbes. Paris: Cerf, 2000. 17 v. Marinho, R. A. R. T. (2008). O álcool e os jovens. Revista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar, 24(2), 293-300.

Ribeiro, J.L.P.(1988).Psicologia e Saude.Lisboa:ISPA

Tesser CD.(2017). Porque é importante a prevenção quaternária na prevenção? Rev Saude Publica. 2017;51:116

Sigérist, HE (2018). Civilisation et maladie . Cornell University Press.

Starfield B, Hyde J, Gérvas J, Heath I.(2008) The concept of prevention: a good idea gone astray? J Epidemiol Community Health;62(7):580-3. https://doi.org/10.1136/jech.2007.071027