Dor aguda pós-operatória em mulheres submetidas a cirurgia ginecológica

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Ana Isabel Rodrigues
Celeste Antão

Résumé

Introdução: A dor aguda pós-operatória é um problema previsível, cuja prevenção e controlo adequado podem evitar sofrimento desnecessário, economizar recursos em cuidados de saúde e melhorar a qualidade de vida das doentes após cirurgia ginecológica. O enfermeiro é um elemento de referência na abordagem da dor, devendo saber valorizar as diferentes dimensões que constituem este fenómeno. Objetivos: Identificar características da dor aguda pós-operatória (intensidade, severidade, interferência funcional da dor) em doentes submetidas a cirurgia ginecológica e analisar a relação entre variáveis psicológicas e a dor aguda pós-operatória em mulheres submetidas a cirurgia ginecológica. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo, correlacional e transversal. Estudou-se uma amostra com 76 mulheres internadas no Serviço de Ginecologia e um hospital do norte de Portugal. Utilizou-se o questionário aplicado em 2 momentos: Momento I - avaliação pré-operatória realizada após admissão das doentes no internamento; Momento II - no segundo dia de pós-operatório, 48 horas após a cirurgia. Além de variáveis sociodemográficas o questionário integrou três instrumentos traduzidos e validados para a população portuguesa, possuindo boas propriedades psicométricas - Inventário Resumido da Dor (BPI), Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão (HADS) e Escala de Desânimo Associada à Dor (PCS). Resultados: As mulheres tinham maioritariamente idades entre 48 e 57 anos, casadas. No período pós-operatório, a presença de dor foi referida por 83,9% das mulheres; a ansiedade pós-operatória apresentava um valor médio de 8,32 (DP=3,55), indicando níveis de ansiedade leves. Observou-se que as mulheres apresentavam, em termos médios, dor pós-operatória moderada (3,83±2,34). Nenhuma das variáveis psicológicas estudadas demonstrou influenciar a intensidade da DAPO (p>0.05). No mesmo sentido, a severidade da dor não se mostrou influenciada pelo nível de ansiedade ou de depressão. Já a catastrofização determinou diferenças significativas(p=0,040). Conclusão: Dor aguda no período pós-operatório em cirurgia ginecológica é um aspeto que deve preocupar os profissionais de saúde, pois o controlo da dor é um direito das doentes, por motivos relacionados com a qualidade dos serviços e cuidados de saúde, e também por motivos económicos, pois a dor no período pós-operatório está associada a uma recuperação mais lenta, mais complicações pós-operatórias e internamentos mais longos.

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Comment citer
Rodrigues, A. I., & Antão, C. (2022). Dor aguda pós-operatória em mulheres submetidas a cirurgia ginecológica. Revista INFAD De Psicología. International Journal of Developmental and Educational Psychology., 1(2), 39–50. https://doi.org/10.17060/ijodaep.2022.n2.v1.2441
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Artículos
Bibliographies de l'auteur

Ana Isabel Rodrigues, Enfermeira Especialista em Enfermagem Médico-Cirúrgica do CHTMAD, Vila Real Health Sciences Research Unit: Nursing (UICISA: E), Núcleo da Escola Superior de Saúde, IPB, Bragança, Portugal

Enfermeira Especialista em Enfermagem Médico-Cirúrgica do CHTMAD, Vila Real
Health Sciences Research Unit: Nursing (UICISA: E),
Núcleo da Escola Superior de Saúde, IPB, Bragança, Portugal

Celeste Antão, Instituto Politécnico de Bragança, Campus de Santa Apolónia, 5300-253 Bragança, Portugal Health Sciences Research Unit: Nursing (UICISA: E), Núcleo da Escola Superior de Saúde, IPB, Bragança, Portugal

Instituto Politécnico de Bragança, Campus de Santa Apolónia, 5300-253 Bragança, Portugal
Health Sciences Research Unit: Nursing (UICISA: E),
Núcleo da Escola Superior de Saúde, IPB, Bragança, Portugal

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