Cuidados de comercialização e nontragem no ajuste de cuidados de longo prazo.
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Abstract
Os Cuidados de Longa Duração em Portugal representam um grupo abrangente de assistências destinadas às pessoas que necessitam da ajuda de outros por longos períodos de tempo, sobretudo idosos. Nas últimas décadas, a importância de apoiar os idosos dependentes tem sido reforçada pelos decisores políticos, com expressão no aumento das respostas destinadas a esta população e na melhoria dos serviços prestados. A maior atenção aos cuidados de longa duração tornou possível o reconhecimento da especificidade destes contextos que exige competências específicas que se configuram com o cuidar. Conceito central em numerosas relações, entendido como modo de ser, ou um modo de agir, o cuidar e o cuidado impõem-se face à constatação da vulnerabilidade do ser humano, mais acentuada quando este envelhece. Com este trabalho pretendeu-se identificar comportamentos de cuidar e não cuidar em contexto de cuidados de longa duração, compreender como é transposto ou não este conceito para a prática de cuidados com idosos e relacionar essas práticas de cuidar percebidas e expressadas com os recursos e os contextos. Este estudo, de conceção exploratória e interpretativa e de desenho misto integrou 113 idosos e 65 enfermeiros, provenientes de 10 contextos de cuidados de longa duração que incluíram lares de idosos e respostas integradas na Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados distribuídos por 7 localidades do distrito de Castelo Branco.
A informação foi obtida através do Inventário de Comportamentos de Cuidar adaptado do Caring Behaviors Inventory e de entrevistas semiestruturadas. A análise e interpretação da informação permitiram concluir que os comportamentos de cuidar estão presentes na relação entre os idosos e os enfermeiros e são percebidos e definidos como tal.
Contudo, em alguns contextos, os idosos identificaram comportamentos e atitudes consistentes com não cuidar onde o elemento tempo surgiu como estruturante dessas perceções.
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