Promover a igualdade de género: para além da perpetuação de estereótipos de género
Contenuto principale dell'articolo
Abstract
A igualdade de género é atualmente considerada uma questão de direitos humanos, de desenvolvimento sustentável e económico. No entanto, apesar de uma maior aceitação face ao tema e da aplicação de leis e políticas promotoras da igualdade de género, os progressos dos últimos anos têm sido considerados reduzidos, sendo referida a persistência dos estereótipos de género como uma das principais barreiras à igualdade. Consistentemente, tem sido referida a complexidade e os efeitos sociais adversos de ações promotoras da igualdade de género focadas no benefício direto das mulheres, bem como a dificuldade em obter resultados positivos junto da população masculina. Neste sentido, neste artigo apresenta-se uma reflexão sobre a forma e os conteúdos a abordar em programas de promoção de igualdade de género, propondo-se um programa para estudantes do 3º ciclo de escolaridade que tem como enquadramento geral a aprendizagem socioemocional, quer no que se refere à promoção de um desenvolvimento saudável de carácter universal e de forma positiva, quer na forma como as atividades são desenvolvidas, tendo como foco principal a igualdade de género e o benefício para as pessoas de ambos os sexos. O programa tem seis sessões onde são trabalhados transversalmente os temas da igualdade de género, nomeadamente através de atividade que se focam na desconstrução de estereótipos, da expressão emocional, do reconhecimento de qualidades em si e nos/as outro/as, da liderança, da tomada de decisão responsável e da gestão de conflitos, nomeadamente em situações de namoro, e assenta em dinâmicas de grupo, estando em fase inicial de experimentação. Destaca-se ainda a relevância de se avaliar não só a mudança de atitudes face aos estereótipos de género, como também a satisfação com a participação, por género.
Downloads
Dettagli dell'articolo
Aquellos autores/as que tengan publicaciones con esta revista, aceptan los términos siguientes:
- Los autores/as conservarán sus derechos de autor y garantizarán a la revista el derecho de primera publicación de su obra, el cuál estará simultáneamente sujeto a la Licencia de reconocimiento de Creative Commons que permite a terceros copiar y redistribuir el material en cualquier medio o formato bajo los siguientes términos: —se debe dar crédito de manera adecuada, brindar un enlace a la licencia, e indicar si se han realizado cambios. Puede hacerlo en cualquier forma razonable, pero no de forma tal que sugiera que usted o su uso tienen el apoyo de la licenciante (Atribución); — no se puede hacer uso del material con propósitos comerciales (No Comercial); — si se remezcla, transforma o crea a partir del material, no podrá distribuirse el material modificado (Sin Derivadas).
- Los autores/as podrán adoptar otros acuerdos de licencia no exclusiva de distribución de la versión de la obra publicada (p. ej.: depositarla en un archivo telemático institucional o publicarla en un volumen monográfico) siempre que se indique la publicación inicial en esta revista.
- Se permite y recomienda a los autores/as difundir su obra a través de Internet (p. ej.: en archivos telemáticos institucionales o en su página web) antes y durante el proceso de envío, lo cual puede producir intercambios interesantes y aumentar las citas de la obra publicada. (Véase El efecto del acceso abierto).
Este obra está bajo una licencia de Creative Commons Reconocimiento-NoComercial-SinObraDerivada 4.0 Internacional.
Riferimenti bibliografici
Andrade, C. (2016). Adaptation and factorial validation of the Attitudes toward Gender Roles Scale. Paidéia (Ribeirão Preto), Vol. 26, 7–14. https://doi.org/10.1590/1982-43272663201602
Anisman-Razin, M., Kark, R. e Saguy, T. (2018). “Putting gender on the table”: Understanding reactions to women who discuss gender inequality. Group Processes and Intergroup Relations, 21(5), 690–706. https://doi.org/10.1177/1368430217744648
Barker, G., Ricardo, C. e Nascimento, M. (2007). Engaging men and boys in changing gender-based inequity in health: Evidence from programme interventions. Geneva: World Health Organization.
Brody, L. R. e Hall, J. A. (2000). Gender, emotion, and expression. In M. Lewis & J. Haviland-Jones (Eds.), Handbook of emotions (2nded., pp.338-349). NewYork: Guilford.
Broverman, I. K., Vogel, S. R., Broverman, D. M., Clarkson, F. E. e Rosenkrantz, P. S. (1972). Sexrole stereotypes: A current appraisal. Journal of Social Issues, 28(2), 59-78.
http://dx.doi.org/10.1111/j.1540-4560.1972.tb00018.x
Canli, T., Desmond, J. E., Zhao, Z. e Gabrieli, J. D. E. (2002). Sex differences in the neural basis of emotional memories. Proceedings of the National Academy of Sciences, 99, 10789-10794.
Coelho, V. A., Marchante, M. e Sousa, V. (2015). “Positive Attitude”: A multilevel model analysis of the effectiveness of a Social and Emotional Learning Program for Portuguese middle school students.
Journal of Adolescence, 43, 29-38.
Coelho, V. A. e Sousa, V. (2018). Class-level risk factors for bullying and victimization in Portuguese middle schools. School Psychology International, 39, 121–137.
https://doi.org/10.1177/0143034317749992
Collaborative for Social and Emotional Learning. (2015). CASEL Guide: Effective social and emotional learning programs—middle and high school edition. Collaborative for Academic, Social and Emotional Learning. CASEL, 1–45.
De Looze, M. E., Huijts, T, Stevens, G. W. J. M., Torsheim, T. e Vollebergh, W. A. M. (2018). The Happiest Kids on Earth. Gender equality and adolescent life satisfaction in Europe and North America. J Youth Adolescence, 47, 1073–1085. https://doi.org/10.1007/s10964-017-0756-7
De Vries, J. (2010). A realistic agenda? Women only programs as strategic interventions for building gender equitable workplaces. Perth: University of Western Australia.
Durlak, J. A., Weissberg, R. P., Dymnicki, A. B., Taylor, R. D. e Schellinger, K. B. (2011). The impact of enhancing students’ social and emotional learning: A meta-analysis of school-based universal
interventions. Child Development, 82, 405–432.
https://doi.org/10.1111/j.1467-8624.2010.01564.x
Ellemers, N. (2017). Gender stereotypes. Annual Review of Psychology, 69:275–98.
https://doi.org/10.1146/annurev-psych-122216
Fontaine, A. M. (1991). Desenvolvimento do conceito de si próprio e realização escolar na adolescência. Psychologica, 5, 13-31.
Hyde, J. S. (2007). Half the human experience: The psychology of women. (7th Ed.) New York: Houghton Mifflin.
Jansz, J. (2000). Masculine identity and restrictive emotionality. In A. H. Fischer (Ed.), Studies in emotion and social interaction. Second series. Gender and emotion: Social psychological perspectives (pp. 166-186). New York, NY, US: Cambridge University Press.
Jewkes, R., Flood, M. e Lang, J. (2015). From work with men and boys to changes of social norms and reduction of inequities in gender relations: A conceptual shift in prevention of violence
against women and girls. The Lancet, 385(9977),1580-1589.
Liff, S. e Cameron, I. (1997). Changing equality cultures to move beyond ‘women’s problems’. Gender, Work and organization, 4, 35—46.
Marsh, H. W., Relich, J. D. e Smith, I. D. (1983). Self-concept: The construct validity of interpretations based upon SDQ. Journal of Personality and Social Psychology, 45,173e187.
Mulvey, K. L. e Killen, M. (2015). Challenging gender stereotypes: Resistance and exclusion. Child Development, 86(3), 681–694. https://doi.org/10.1111/cdev.12317
OCDE (2017). The pursuit of gender equality: An uphill battle. Paris: OECD https://doi.org/10.1787/9789264281318-en
Patterson, N., Mavin, S. e Turner, J. (2012). Envisioning female entrepreneur: Leaders anew from a gender perspective. Gender in Management: an International Journal, 27(6), 395-416.
Pinto, A., Soares, C., Vaz, F. e Marques, O. (2015). Interagir - Técnicas de Animação. Porto: Edições Salesianas, 3ª edição.
Qian, G. (2017). The effect of gender equality on happiness: Statistical modeling and analysis. Health Care for Women International, 38(2), 75–90. https://doi.org/10.1080/07399332.2016.1198353
Ramos, M. R., Barreto, M., Ellemers, N., Moya, M., Ferreira, L. e Calanchini, J. (2016). Exposure to sexism can decrease implicit gender stereotype bias. European Journal of Social Psychology,
(4), 455–466. https://doi.org/10.1002/ejsp.2165
Rojão, G., Araújo, T., Santos, A., Moura, S. e Carreira, R. (2011). Cool Kit: Jogos para a não-violência e igualdade género. Covilhã: Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género.
Syed, S. (2017). Introducing gender equity to adolescent school children: A mixed methods’ study. Journal of Family Medicine and Primary Care, 6(2), 254–258.
UN News Centre. (2015). UN adopts new Global Goals, charting sustainable development for people and planet by 2030. United Nations Department of Economic and Social Affairs.
Van den Brink, M. e Stobbe, L. (2014). The support paradox: Overcoming dilemmas in gender equality programs. Scandinavian Journal of Management, 30(2), 163–174.
https://doi.org/10.1016/j.scaman.2013.07.001
WHO (2016). Women and Gender Equity. Available from: http:// www.who.int/social_determinants/resources/csdh_media/wgekn_final_report_07.pdf. [Accessed February, 7th 2019].
World Economic Forum (2018). The Global Gender Gap Report. Geneva: World Economic Forum.
Zeman, J. e Shipman, K. (1996). Children’s expression of negative affect: Reasons and methods. Developmental Psychology, 32(5), 842- 849.