Intervenções não farmacológicas de redução da dor em uso na vacinação de lactentes non-pharmacological pain relief interventions used in infant vaccination

##plugins.themes.bootstrap3.article.main##

Dulce Maria Pereira Garcia Galvão
Rosa Maria Correia Jerónimo Pedroso
Sónia Isabel Horta Salvo Moreira de Almeida Ramalho

Resumo

Antecedentes: A administração de vacinas injetáveis é a causa mais comum de dor iatrogénica na infância (Shah et al., 2009). O tratamento da dor na imunização reduz o desconforto e melhora a satisfação da criança/família (Taddio et al., 2009). A amamentação é uma intervenção não farmacológica eficaz na prevenção da dor de crianças vacinadas (Tansky y Lindberg, 2010). Objetivos: Conhecer as intervenções não farmacológicas de redução da dor utilizadas pelos enfermeiros na vacinação de lactentes e identificar se, quando vacinam crianças amamentadas, utilizam a amamentação como intervenção sensorial e cognitivo-comportamental de redução da dor. Participantes e Métodos: Estudo descritivo/exploratório segundo a metodologia qualitativa junto de 17 Enfermeiros de Cuidados de Saúde Primários a frequentar Cursos de Pós Licenciatura/Mestrados numa Escola Superior de Enfermagem. Colheram-se dados por entrevista semiestruturada, de
Maio/Junho/2012 após aprovação da Comissão de Ética. A amostra, de 12 participantes, foi intencional. Os critérios de inclusão assentaram em serem enfermeiros de Cuidados de Saúde Primários e que vacinassem lactentes. No tratamento da informação recorreu-se à análise de conteúdo de Laurence Bardin (Bardin, 2008). Resultados: Diferentes estratégias não farmacológicas de alívio da dor durante a vacinação, isoladas ou em conjunto, são utilizadas. Das estratégias não farmacológicas utilizadas emergiram duas categorias: medidas de conforto e aspetos técnicos. Quando os enfermeiros vacinam crianças amamentadas, a amamentação durante a vacinação acontece se solicitada pelas mães. Houve enfermeiros que a utilizam antes ou após a vacinação mas interrompem na vacinação. Alguns enfermeiros não a adotam por receio de engasgamento ou outras consequências e desconhecem serviços onde utilizem. Conclusões: Os enfermeiros estão despertos para a utilização de estratégias não farmacológicas de redução da dor na vacinação. Porém, nas crianças amamentadas na generalidade, não utilizam a amamentação. Há necessidade de formação sobre amamentação face à eficácia na diminuição da dor durante a vacinação.

Downloads

Não há dados estatísticos.

##plugins.themes.bootstrap3.article.details##

Como Citar
Pereira Garcia Galvão, D. M., Correia Jerónimo Pedroso, R. M., & Horta Salvo Moreira de Almeida Ramalho, S. I. (2015). Intervenções não farmacológicas de redução da dor em uso na vacinação de lactentes non-pharmacological pain relief interventions used in infant vaccination. Revista INFAD De Psicología. International Journal of Developmental and Educational Psychology., 1(1), 89–98. https://doi.org/10.17060/ijodaep.2015.n1.v1.254
Secção
Artículos
Biografias Autor

Dulce Maria Pereira Garcia Galvão, ESEnfC - Coimbra

Pós Doutoramento em Enfermagem, Professora Coordenadora na Escola Superior de Enfermagem de Coimbra
- ESEnfC - Coimbra, Portugal.

Rosa Maria Correia Jerónimo Pedroso, ESEnfC - Coimbra

Doutoramento em Nuevos Contextos de Intervencción Psicológica en Educación, Salut y Calidad de Vida,
Professora Adjunta na Escola Superior de Enfermagem de Coimbra - ESEnfC - Coimbra, Portugal.

Sónia Isabel Horta Salvo Moreira de Almeida Ramalho, ESSLei - Leiria

Doutoramento em Intervenção Psicológica em Saúde, Educação e Qualidade de vida, Assistente na Escola
Superior de Saúde de Leiria - ESSLei - Leiria, Portugal.

Referências

Agarwal R.(2011). Breastfeeding or breast milk for procedural pain in neonates. The World Health Organization Reproductive Health Library, Geneva: World Health Organization.

Bardin, L. (2008). Análise de conteúdo. Lisboa, Portugal: Edições 70.

Castro, R. (2012). Pequeno Manual de Amamentação. Acedido em 14 de fevereiro de 2012 em http:www.aleitamento.org.br

Czarnecki, M., & Reynolds, J. (2011, June). Procedural Pain Management: A Position Statement with Clinical Practice Recommendations. Pain Management Nursing,12 (2), 95-111.

DGS. (2003). A Dor como 5º sinal vital. Registo sistemático da intensidade da Dor.

Circular Normativa Nº 09/DGCG. Ministério da Saúde.

DGS. (2010). Orientações técnicas sobre a avaliação da dor nas crianças. Lisboa: Governo Português, Ministério da Saúde. (Orientação nº 014/2010 de 14/12/2010).

DGS. (2011). Programa Nacional de Vacinação 2012. Lisboa: DGS.

DGS. (2012). Orientações técnicas sobre o controlo da dor em procedimentos invasivos nas crianças (1 mês a 18 anos). Lisboa: Governo Português, Ministério da Saúde. (Orientação nº 022/2012 de 18/12/2012).

IASP. (2005). Pain clinical updates XII Washington, DC: IASP.

Shah, P. S., Aliwalas, L. L., & Shah, V. S. (2006). Breastfeeding or breast milk for procedural pain in neonates. Retrieved from Cochrane Database of Systematic Reviews, 3, Art. Nº: CD004950. DOI: 10.1002/14651858.CD004950.pub2.

Shah, V., et al. (2009). Effectiveness and tolerability of pharmacologic and combined interventions for reducing injection pain during routine childhood immunizations: systematic review and meta-analyses. Clinical Therapeutics, 31 (Supl. 2), 104-115.

Taddio A, et al. (2009). Inadequate Pain Management During Routine Childhood Immunizations: The Nerve of It. Clinical Therapeutics, 31 (Supl. B), 152-167.

Tansky, C., & Lindberg, C. (2010). Breastfeeding as a Pain Intervention When Immunizing Infants. Journal for Nurse Practitioners. 6 (4), 287-295.