Ganhos em saúde em utentes internados em unidades de media duração e reabilitação

##plugins.themes.bootstrap3.article.main##

Diogo Almeida
Natália Amoedo
Carminda Morais
Alcina Nunes
Rui Pimenta

Resum

O envelhecimento da população, o aumento das patologias crónicas e as mudanças de perfil da rede familiar obrigaram a repensar os cuidados de saúde. Criou-se, assim, a Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados, sendo a Unidade de Média Duração e Reabilitação (UMDR) uma das tipologias de cuidados e foco de análise do presente estudo. Pretende-se avaliar os ganhos em saúde obtidos com o internamento em UMDR ao nível do estado cognitivo, do risco de queda e da independência funcional; relacionar o estado cognitivo no momento da admissão com a independência funcional no momento da alta; analisar os ganhos a nível do estado cognitivo, do risco de queda e da independência funcional em função do género. Realizou-se um estudo observacional, analítico e retrospectivo, segundo a metodologia STROBE. Partiu-se da análise documental inerente à base de dados da UMDR, dos doentes internados no período de 1/01/2017 a 31/12/2020, perfazendo 342 indivíduos, dos quais 33 foram excluídos. Recolheram-se dados relativos à caraterização sociodemográfica, ao momento de admissão e ao momento da alta do estado cognitivo, do risco de queda e da independência funcional, avaliados respetivamente através dos seguintes instrumentos, Short Portable Mental Status Questionnaire, Berg Balance Scale e Índice de Barthel. Definiu-se o nível de significância de 5%.  A amostra foi constituída por 309 indivíduos, maioritariamente do sexo masculino, 56% (n=173), com média ± Desvio Padrão de idade 73,9±12,2 anos, casados 39,8% (n=123), reformados 83,8% (n=259) e com um diagnóstico principal de acidente vascular cerebral 45,6% (n=141). O estudo evidenciou ganhos em saúde estatisticamente significativos ao nível do estado cognitivo, do risco de queda e da independência funcional (p≤0,001). Verificaram-se diferenças estatisticamente significativas no nível da independência funcional no momento da alta, atendendo ao estado cognitivo inicial (p≤0,001) e, entre géneros, ao nível dos ganhos em saúde de estado cognitivo (p=0,016), risco de queda (p≤0,001) e independência funcional (p≤0,001).

Descàrregues

Les dades de descàrrega encara no estan disponibles.

##plugins.themes.bootstrap3.article.details##

Com citar
Almeida, D., Amoedo, N., Morais, C., Nunes, A., & Pimenta, R. (2021). Ganhos em saúde em utentes internados em unidades de media duração e reabilitação. Revista INFAD De Psicología. International Journal of Developmental and Educational Psychology., 1(1), 179–190. https://doi.org/10.17060/ijodaep.2021.n1.v1.2055
Secció
Artículos

Referències

ACSS-DRS. (2019). Relatório de monitorização da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI)- 2019. http://www.acss.min-saude.pt/wp-content/uploads/2020/08/Relatorio_-Monitorizacao_RNCCI-2019.pdf

Araújo, F., Oliveira, A., Pinto, C., & Ribeiro, J. (2007). Validação do Índice de Barthel numa amostra de idosos não institucionalizados. Revista Portuguesa de Saúde Pública, 25(2), 59–66.

Berg, K. O., Wood-Dauphinee, S. L., Williams, J. I., & Maki, B. (1992). Measuring balance in the elderly: validation of an instrument. Canadian Journal of Public Health = Revue Canadienne de Sante Publique, 83 Suppl 2, S7—11. http://europepmc.org/abstract/MED/1468055 Decreto-Lei n.o 101 / 2006, Diário da República n.o 109/2006, Série I-A de 2006-06-06 1 (2006). https://dre.pt/application/conteudo/353934

Elm, E. von, Altman, D. G., Egger, M., Pocock, S. J., Gøtzsche, P. C., & Vandenbroucke, J. P. (2007). Strengthening the reporting of observational studies in epidemiology (STROBE) statement: guidelines for reporting observational studies. BMJ, 335(7624), 806–808. https://doi.org/10.1136/bmj.39335.541782.AD

Ferreira, P. (2015). Evolução funcional do doente numa Unidade de Cuidados Continuados Integrados de Média Duração e Reabilitação [Dissertação de mestrado não publicada]. Escola Superior de Enfermagem de Coimbra.

INE. (2019). Estimativas de População Residente em Portugal. INE.

https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_destaques&DESTAQUESdest_boui=354227526&DESTAQUESmodo=2

Instituto da Segurança Social, I. P. (2019). Guia Prático – Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados.

Instituto da Segurança Social, I.P. http://www.segsocial.pt/documents/10152/27195/N37_rede_nacional_cuidados_continuados_integrados_rncci/f2a042b4-d64f-44e8-8b68-b691c7b5010a

kojaie-Bidgoli, A., Fadayevatan, R., Sharifi, F., Alizadeh-Khoei, M., Vahabi, Z., & Aminalroaya, R. (2020). Applicability of SPMSQ in illiterate outpatients in clinics: The validity and reliability of the Short Portable Mental Status Questionnaire. Applied Neuropsychology: Adult, 0(0), 1–7. https://doi.org/10.1080/23279095.2020.1792909

Magnusson, D. M., Eisenhart, M., Gorman, I., Kennedy, V. K., & E. Davenport, T. (2019). Adopting Population Health Frameworks in Physical Therapist Practice, Research, and Education: The Urgency of Now. Physical Therapy, 99(8), 1039–1047. https://doi.org/10.1093/ptj/pzz048

Malta, M., Cardoso, L. O., Bastos, F. I., Magnanini, M. M. F., & Silva, C. M. F. P. da. (2010). Iniciativa STROBE: subsídios para a comunicação de estudos observacionais. Revista de Saúde Pública, 44(3), 559–565. https://doi.org/10.1590/S0034-89102010000300021

Marôco, J. (2018). Análise Estatística com o SPSS Statistics (7a Edição). Report Number.

Martins, R., Henriques, T., & Carvalho, N. (2018). Impacto do internamento na rede nacional de cuidados continuados integrados na melhoria dos níveis da capacidade funcional dos utentes. Gestão e Desenvolvimento, 26(26), 177–191. https://doi.org/10.7559/gestaoedesenvolvimento.2018.661

Matos, N., Rodrigues, S., Almeida, E., Almeida, C., & Ribeiro, R. (2020). Ganhos em saúde dos utentes assistidos pela equipa de cuidados continuados integrados. Millenium, 2(5), 239–245. https://doi.org/https://doi.org/10.29352/mill0205e.26.00312

Meseguer-Henarejos, A.-B., Rubio-Aparicio, M., López-Pina, J.-A., Carles-Hernández, R., & Gómez-Conesa, A. (2019). Characteristics that affect score reliability in the Berg Balance Scale: a meta-analytic reliability generalization study. European Journal of Physical and Rehabilitation Medicine, 55(5), 570–584. https://doi.org/10.23736/S1973-9087.19.05363-2

Millán-Calenti, J. C., Tubío, J., Pita-Fernández, S., Rochette, S., Lorenzo, T., & Maseda, A. (2012). Cognitive impairment as predictor of functional dependence in an elderly sample. Archives of Gerontology and Geriatrics, 54(1), 197–201. https://doi.org/10.1016/j.archger.2011.02.010

Mósca, E. (2001). Contributo para a validacao a populacao portuguesa da escala de equilibrio de Berg [Monografia final do curso de Licenciatura em Fisioterapia]. Escola Superior de Saúde de Alcoitão.

Petronilho, F., Pereira, C., Magalhães, A., Carvalho, D., Oliveira, J., Castro, P., & Machado, M. (2017). Evolution of self-care dependent individuals admitted to the National Network for Integrated Continuous Care. Revista de Enfermagem Referência, IV Série(No14), 39–48. https://doi.org/10.12707/RIV17027

Pfeiffer, E. (1975). A Short Portable Mental Status Questionnaire for the Assessment of Organic Brain Deficit in Elderly Patients†. Journal of the American Geriatrics Society, 23(10), 433–441. https://doi.org/10.1111/j.1532-5415.1975.tb00927.x

Santiago, L. M., Prazeres, F., Boto, T., Maurício, K., Rosendo, I., & Simões, J. (2020). Multimorbidity daily life activities and socio-economic classification in the Central Portugal primary health care setting: an observational study. Family Medicine & Primary Care Review, 22(1), 54–58. https://doi.org/10.5114/fmpcr.2020.92506

Stucki, G., & Bickenbach, J. (2017). Functioning: the third health indicator in the health system and the key indicator for rehabilitation. European Journal of Physical and Rehabilitation Medicine, 53(1), 134–138. https://doi.org/10.23736/S1973-9087.17.04565-8

Stucki, G., Bickenbach, J., Gutenbrunner, C., & Melvin, J. (2018). Rehabilitation: The health strategy of the 21st century. Journal of Rehabilitation Medicine, 50(4), 309–316. https://doi.org/10.2340/16501977-2200

Vandenbroucke, J. P., von Elm, E., Altman, D. G., Gøtzsche, P. C., Mulrow, C. D., Pocock, S. J., Poole, C., Schlesselman, J. J., & Egger, M. (2014). Strengthening the Reporting of Observational Studies in Epidemiology (STROBE): Explanation and elaboration. International Journal of Surgery, 12(12), 1500–1524. https://doi.org/10.1016/j.ijsu.2014.07.014

World Health Organization. (2015). World report on ageing and health. https://www.who.int/ageing/events/worldreport-2015-launch/en/

World Health Organization. (2017a). Reabilitation 2030 - a call for action. https://www.who.int/disabilities/care/Rehab2030MeetingReport2.pdf?ua=1

World Health Organization. (2017b). Rehabilitation in Health Systems.

http://apps.who.int/iris/bitstream/10665/254506/1/9789241549974-eng.pdf?ua=1

World Health Organization. (2020). Decade of Healthy Ageing. In World Health Organization.

https://www.who.int/initiatives/decade-of-healthy-ageing%0Ahttps://www.who.int/initiatives/decade-of-healthy-ageing/connection-series%0Ahttps://www.who.int/ageing/decade-of-healthy-ageing