Estilo parental, filhos adolescentes e transplante hepático
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Abstract
As transformações biopsicossociais da adolescência colocam os adolescentes transplantados de fígado em maior risco de não aderência ao tratamento e piora da evolução quando comparados a outros grupos etários. Objetivo: Verificar se o estilo parental influencia na adesão ao tratamento do pós-transplante hepático. Método: A escala de exigência e responsividade foi aplicada para 30 adolescentes transplantados de fígado e adultos jovens (12-30 anos). A correlação da freqüência do estilo parental com a adesão, rejeição clínica e rejeição na biópsia foi feito pelo teste do Qui-quadrado. Resultados: os achados apontam que 57% adolescentes classificaram seus pais como autoritativosou responsivos, 43% adolescentes apontaram os pais como não responsivos, subdivididos nos subgrupos: negligente 30%, permissivo 10% e autoritário 3%. Na correlação, não foi observada diferença significativa no estilo parental comparando os grupos aderentes e não aderentes (X2 = 0,52, p = 0,37), assim como entre os grupos com e sem rejeição clínica (X2 = 0,34, p = 0,42) e entre os grupos com e sem rejeição comprovada por biópsia (X2 = 0,81, p = 0,30). Conclusões: O estilo parental não teve influência na adesão, rejeição clínica e rejeição à biópsia neste grupo de pacientes jovens transplantados de fígado, uma vez que a aderência aos imunossupressores e a rejeição podem ser modificadas por múltiplos fatores. É necessário analisar amostra maior para confirmar estes dados.
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