Estilo parental, filhos adolescentes e transplante hepático

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Beatriz Elizabeth Bagatin Bermúdez
Mª de Fátima Minetto
Mariane Bagatin Bermúdez

Laburpena

As transformações biopsicossociais da adolescência colocam os adolescentes transplantados de fígado em maior risco de não aderência ao tratamento e piora da evolução quando comparados a outros grupos etários. Objetivo: Verificar se o estilo parental influencia na adesão ao tratamento  do pós-transplante hepático. Método: A escala de exigência e responsividade foi aplicada para 30 adolescentes transplantados de fígado e adultos jovens (12-30 anos). A correlação da freqüência do estilo parental com a adesão, rejeição clínica e rejeição na biópsia foi feito pelo teste do Qui-quadrado. Resultados: os achados apontam que 57% adolescentes classificaram seus pais como autoritativosou responsivos, 43% adolescentes apontaram os pais como não responsivos, subdivididos nos subgrupos: negligente 30%, permissivo 10% e autoritário 3%. Na correlação, não foi observada diferença significativa no estilo parental comparando os grupos aderentes e não aderentes (X2 = 0,52, p = 0,37), assim como entre os grupos com e sem rejeição clínica (X2 = 0,34, p = 0,42) e entre os grupos com e sem rejeição comprovada por biópsia (X2 = 0,81, p = 0,30). Conclusões: O estilo parental não teve influência na adesão, rejeição clínica e rejeição à biópsia neste grupo de pacientes jovens transplantados de fígado, uma vez que a aderência aos imunossupressores e a rejeição podem ser modificadas por múltiplos fatores. É necessário analisar amostra maior para confirmar estes dados.

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