Estudo exploratório dos níveis de satisfação com a imagem corporal em adolescentes - pensando no direito ao "bem-estar"

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Isabel Cabrita Condessa
Zélia Caçador Anastácio

Laburpena

O nosso trabalho visa o propósito de pensar o “bem-estar” da infância à idade adulta, onde a escolaridade obrigatória tem um papel fulcral. Realcemos que em pleno século XXI, a Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia define nos artigos 24.º e 32.º os direitos das crianças e jovens, devendo-lhes ser garantida proteção e cuidados necessários ao seu bem-estar e contra todas as atividades suscetíveis de prejudicar a sua segurança, saúde ou desenvolvimento físico, mental, moral ou social.
Com este estudo, de natureza exploratória pretendemos: 1) aferir um novo instrumento de pesquisa – questionário em preparação sobre “Níveis de satisfação de adolescentes – Imagem Corporal e alguns Estilos de Vida e Comportamentos”; 2) descrever e comparar alguns dos resultados obtidos pela aplicação a uma pequena amostra (n=29) de adolescentes (idade média: 19.6 anos; todos do sexo feminino).
A aplicação do questionário, respeitando um consentimento informado, seguiu um protocolo de estudo piloto e alguns dados foram analisados recorrendo ao programa SPSS (Versão 25.0) e utilizando estatística descritiva, de tendência central e comparativa não paramétrica.
Da análise dos dados podemos tirar algumas ilações: 1) o questionário testado, salvo algumas questões de formato, mostrou-se ajustado quanto à linguagem utilizada e à significância das questões efetuadas; 2) este pequeno estudo exploratório revelou ser ajustado ao propósito inicial e dele podemos focar alguns resultados interessantes: a) quanto ao perfil de características físicas deparámo-nos com adolescentes que após um percurso regular de estudante ativo se apresentam em média em “sobrepeso”, tendo uma boa consciência disso e sentindo necessidade de “alterar” o seu perfil 37.9% mencionaram “em geral não estou satisfeita comigo”, nem com diferentes aspetos e partes do corpo, sendo o perímetro abdominal um problema; b) consideram muito importante a Atividade Física para o seu “bem estar” (93.1%), mas a sua adesão está abaixo do desejável (baixa – 51.7%); c) sentem que a sua Imagem Corporal tem impacto na sua vida, sobretudo nas práticas físicas e artísticas, na vida relacional (amorosa e com pares) e no trabalho. Concluímos que estas adolescentes querem mudar comportamentos para atingirem um melhor “bem-estar”, mas as barreiras são ainda muitas.

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CIEC, Instituto de Educação da Universidade do Minho
Braga, Portugal
FCSH, Universidade dos Açores
Açores, Portugal

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CIEC, Instituto de Educação da Universidade do Minho
Braga, Portugal

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