A criatividade está nos detalhes

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Leonor Almeida
Sara Ibérico Nogueira

Laburpena

A avaliação da criatividade é um tópico desafiante e várias metodologias têm sido propostas, todas com vantagens e limitações. Se figurativas, podem acabar por sobre avaliar uma componente de desenho que nem todos apreciam nem investem. Se assumem a forma de escala de auto-percepção ou de avaliação por terceiros, tornamse mais permeáveis à desejabilidade social. Em estudos anteriores temos trabalhado com o Test for Creative Thinking-Drawing Production (TCT-DP), pela natureza figurativa, simplicidade na aplicação e pela sua estrutura factorial que identifica duas dimensões de pensamento, convencional e não convencional, essenciais ao pensamento criativo. Contudo, algumas questões sobre a validade dos instrumentos de avaliação do pensamento criativo, têm sido levantadas. Assim, propomos uma avaliação quantitativa dos níveis de criatividade de um grupo específico de indivíduos que trabalha em empresas de inovação e criatividade. Em termos exploratórios, pretendemos uma análise mais fina dos critérios de cotação que parecem estar associados aos níveis mais elevados de criatividade. Propomos ainda a inclusão de três critérios centrados na avaliação subjectiva do cotador: a Escala de Impacto, a Escala de Integração e a Escala de Adequação. Os 29 participantes (8 do sexo masculino e 21 do sexo feminino) têm idades compreendidas entre 23 e 48 anos, oito nacionalidades diferentes, escolaridade de nível superior e trabalham em empresas nas áreas da criatividade e inovação. Apresentam um nível médio de criatividade superior à dos trabalhadores em geral, bem como níveis superiores de pensamento não convencional e pensamento convencional. Os mais criativos são também os subjetivamente mais bem avaliados em termos de Impacto, Integração e Adequação e mais bem cotados em termos de Humor. Com este estudo exploratório esperamos contribuir para a validade.

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Erreferentziak

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