Enfermeiros especialistas em enfermagem de saúde infantil e pediatria e promoção da amamentação após o regresso ao trabalho

Contenu principal de l'article

Dulce Maria Pereira García Galvão
Cátia da Mota Cardoso

Résumé

Antecedentes: Em Portugal, apesar das iniciativas desenvolvidas para promover o aleitamento materno, as taxas e suas práticas continuam abaixo do recomendado pela OMS. A generalidade das mulheres decide e é favorável à amamentação. Trabalhar fora de casa tornou-se uma realidade para a maioria das mulheres. Por vezes torna-se difícil conciliar o aleitamento materno com a atividade laboral e o regresso ao trabalho encontra- se entre um dos motivos apontados pelas mães para o abandono precoce da amamentação. Promover a amamentação é uma prioridade de saúde pública. As atitudes e intervenções dos enfermeiros exercem influência no processo/sucesso da amamentação e no ultrapassar de dificuldades que surgem. Objetivos: Conhecer as medidas promotoras da amamentação que os enfermeiros dos cuidados de saúde primários, especialistas em Enfermagem de Saúde Infantil e Pediatria, desenvolvem no sentido de apoiar as mães que trabalham a continuar a amamentar e identificar as intervenções promotoras da amamentação desenvolvidas por estes enfermeiros junto das mães, a nível da comunidade, na família, nos locais de trabalho, nas creches e nos seus próprios locais de trabalho. Participantes e Métodos: Estudo descritivo, transversal, segundo a metodologia qualitativa, junto de 13 enfermeiros Especialistas em Enfermagem de Saúde Infantil e Pediatria que trabalham em Centros de Saúde de um Agrupamento de Centros de Saúde. Colheram-se dados por entrevista semiestruturada entre Junho e Julho de 2015. No tratamento da informação recorreu-se à análise de conteúdo de Laurence Bardin. Resultados: Os Enfermeiros embora despertos para a necessidade de promover a manutenção da amamentação após o regresso das mães ao trabalho desenvolvem, predominantemente no contexto das consultas de enfermagem, várias intervenções (cantinhos da amamentação, apoio telefónico, visita domiciliária, ensinos, comemoração da semana mundial do aleitamento materno) junto das mães, pais e avós. Conclusões: A atuação dos Enfermeiros resume-se ao contexto das consultas de enfermagem. Há contudo, outros locais onde as intervenções de enfermagem devem chegar, nomeadamente, creches, entidades patronais e sociedade em geral, com vista a reduzir o desmame precoce motivado pelo regresso das mães ao trabalho.

Téléchargements

Les données relatives au téléchargement ne sont pas encore disponibles.

Details de l'article

Comment citer
Pereira García Galvão, D. M., & da Mota Cardoso, C. (2017). Enfermeiros especialistas em enfermagem de saúde infantil e pediatria e promoção da amamentação após o regresso ao trabalho. Revista INFAD De Psicología. International Journal of Developmental and Educational Psychology., 3(1), 497–506. https://doi.org/10.17060/ijodaep.2017.n1.v3.1020
Rubrique
Artículos

Références

Almeida, I.; Pugliesi, Y. & Rosado L. (2015). Estratégias de promoção e manutenção do aleitamento materno baseadas em evidência: revisão sistemática. FEMINA. maio/junho, 43(3), p.97-103.

Alves, C. (2014). Plano de amamentação: da conceção á implementação num grupo de casais primíparos. Dissertação de Mestrado em Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica. Escola Superior de Enfermagem de Coimbra, Portugal.

Filipe, M. (2011). Visitação domiciliária: contributos da enfermagem na manutenção da amamentação. Dissertação de Mestrado em Enfermagem de Saúde Pública. Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra.

Franco, J. & Gonçalves, V. (2014). Construção de escalas de conhecimentos e da necessidade de conhecimentos do pai sobre a amamentação. Revista da Associação Portuguesa dos Enfermeiros Obstetras. 14, p. 37-41.

Galvão, D. (2006). Amamentação bem sucedida: alguns fatores determinantes. Lusociência.

Galvão, D. & Silva, I. (2011a). A amamentação nos manuais escolares de estudo do meio do 1º ciclo do ensino médio. Revista de Enfermagem Referência. Série 3 (4), p. 7-16.

Galvão, D. & Silva, I. (2011b). Conhecendo as vivências de amamentação da criança brasileira que frequenta o ensi no fundamental. Revista Eletrónica de Enfermagem. jul/set; 13(3); p. 377-385. Acedido a 17/02/15. Disponível em: http://www.fen.ufg.br/revista/v13/n3/v13n3a03.htm.

Galvao, D. & Silva, I. (2011c). Vivências de amamentação da criança portuguesa em idade escolar. Revista Esc. Enferm. USP. 45 (5), p. 1055-1062.

Graça, L.; Figueiredo, M. & Conceição, M. (2011). Contributos da intervenção de enfermagem de cuidados de saúde primários para a promoção do aleitamento materno. Revista Latino Americana de Enfermagem. mar/abr, 19 (2), 9 p.

Maia, M. (2007). O papel do enfermeiro num estudo de adesão ao aleitamento materno. Dissertação de Mestrado em Ciências de Enfermagem. Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, Portugal.

Ordem dos Enfermeiros (2010). Guias orientadores de boa prática em enfermagem de saúde infantil e pediátrica. Cadernos OE. Série I, 1(3).

Ordem dos Enfermeiros (2010). Regulamento das competências específicas dos enfermeiros especialista em enfermagem de saúde da criança e do jovem. Lisboa.

Pedroso, R.; Galvão, D. & Castro, F. (2014). Amamentação em mulheres trabalhadoras e alunas do ensino superior público de Coimbra. International Journal of Developmental and Educational Psychology. 2(1), p. 419-424.

Silva, B.; Santiago, L. & Lamonier, J. (2012). Apoio paterno ao aleitamento materno: uma revisão integrativa. Revista Paulista de Pediatria. 30(1), p.122-130.

Susin, L.; Giugliani, E. & Kemmer, S. (2005). Influência das avós na prática do aleitamento materno. Revista de Saúde Pública. 39(2), p.141-147.