Relações entre práticas educativas parentais percebidas e a autoestima, sinais de depressão e ouso de substâncias por adolescentes
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Abstract
Pesquisas realizadas em diferentes sociedades acerca das interações entre pais e filhos revelam, com clareza, as fortes relações entre o comportamento dos pais e o desenvolvimento global dos filhos. O presente estudo investigou, com 1.400 adolescentes, as relações existentes entre as práticas estilos educativos parentais percebidos e sinais de depressão, autoestima e comportamentos antissociais de adolescentes. Os resultados mostram que a grande maioria dos adolescentes que apresentaram sinais de depressão indicaram alta freqüência de comunicação negativa da parte de seus pais, ausência de regras claras e supervisão e consideram que o modelo parental é inadequado, uma vez que os pais não cumprem as exigências que fazem aos filhos e tem pouco envolvimento. Os jovens que obtiveram escores elevados de autoestima consideram seus pais como bons modelos parentais, uma vez que demonstram alta freqüência de envolvimento e participação na vida dos filhos. Por outro lado, aqueles adolescentes que assinalaram alta freqüência de comportamentos de desobediência aos pais e de comportamentos antissociais na escola também relataram ausência de supervisão e monitoria na dinâmica familiar, bem como baixo escore de envolvimento e alto nível de comunicação parental negativa e coercitiva. Por meio dos dados, conclui-se que os estilos e as práticas educativas positivas estão relacionadas à autoestima elevada, ausência de sinais de depressão e de comportamentos opositores e/ou antissociais. Investir em intervenções preventivas que visem otimizar as práticas educativas de mães e pais é uma estratégia que pode promover melhor dinâmica familiar, autonomia e desenvolvimento psicológico de adolescentes.
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