Benefícios da verticalização do parto

Contenido principal del artículo

Cláudia Isabel Taborda Amaro
Hélia Dias
Maria José de Oliveira Santos
Paula Alexandra de Andrade Batista Nelas
Emília de Carvalho Coutinho

Resumen

São vários os achados históricos que confirmam que o parto, na antiguidade, era realizado em posição vertical. Contudo, com o passar do tempo, aspetos sociais, científicos, culturais e religiosos foram modificando a forma vertical de parir. Aos poucos, as cadeiras de parto foram caindo em desuso, dando lugar ao parto na posição horizontal. No entanto, tem-se vindo a comprovar que a verticalização do parto, tem múltiplas vantagens que fragilizam a defesa de uma prática de parto na posição horizontal. Nesse sentido, pretendeu-se com este estudo, identificar os benefícios da posição vertical no trabalho de parto. A opção metodológica foi a revisão integrativa da literatura, de artigos publicados no friso temporal de 2017-2020, em Português e Inglês disponíveis nas bases de dados Medline (n= 236), CINAHL (n= 163) e B-On (n= 244), seguindo a estratégia PICOD. Em dezembro de 2020, fez-se a consulta às bases de dados, utilizando a expressão de pesquisa booleana “Delivery, Obstetric”[Mesh]) AND “Patient Positioning”[Mesh] OR (“Delivery, Obstetric” [Mesh] AND upright) OR (upright labor positioning) OR (Vertical[Title] OR upright[Title]) AND (childbirth[Title] OR labor[Title]). Foram critérios de inclusão artigos em texto integral, de acesso livre, estudos qualitativos ou quantitativos, estudos randomizados controlados (RCT), revisões e ensaios clínicos. Não foram consideradas publicações de resumos simples, comunicações em conferências ou artigos de revista sem avaliação por pares. Com base no método de pesquisa foram selecionados 10 artigos, dos quais emergiram os seguintes resultados principais: a verticalização do parto tem benefícios provocados pela ação da gravidade, favorece o bem-estar fetal, melhora a dinâmica uterina e a estática fetal, diminui a duração do trabalho de parto, diminui a incidência de episiotomia, aumenta os diâmetros pélvicos e proporciona benefícios psicoafectivos à parturiente.Com base nos diferentes estudos, conclui-se assim que parir na posição vertical beneficia a parturiente e o feto devido a fatores fisiológicos e biomecânicos. 

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Detalles del artículo

Cómo citar
Taborda Amaro, C. I., Dias, H., de Oliveira Santos, M. J., Batista Nelas, P. A. de A., & de Carvalho Coutinho, E. (2021). Benefícios da verticalização do parto. Revista INFAD De Psicología. International Journal of Developmental and Educational Psychology., 1(1), 491–502. https://doi.org/10.17060/ijodaep.2021.n1.v1.2130
Sección
Artículos

Citas

Ayres, L, Henriques B., & Amorim, W. (2018). A representação cultural de um “parto natural”: o ordenamento do corpo grávido em meados do século XX. Ciência & Saúde Coletiva, 23(11):3525-3534. https://doi.org/10.1590/1413-812320182311.27812016

Bick, D., Briley, A., Brocklehurst, P., Hardy, P., Juszczak, E., Lynch, L., Wilson, M. (2017). A multicentre, randomised controlled trial of position during the late stages of labour in nulliparous women with an epidural: Clinical effectiveness and an economic evaluation (BUMPES). Health Technology Assessment, 21(65), 1–175. https://doi.org/10.3310/hta21650

Botelho, L., Cunha, C., & Macedo, M. (2011). O método da revisão integrativa nos estudos organizacionais. Gestão e Sociedade, 5(11), 121-136. https://doi.org/10.21171/ges.v5i11.1220

Brocklehurst, P. (2017). Upright versus lying down position in second stage of labour in nulliparous women with low dose epidural: BUMPES randomised controlled trial. BMJ (Online), 359. https://doi.org/10.1136/bmj.j4471

Desseauve, D., Fradet, L., Lacouture, P., & Pierre, F. (2019). Is there an impact of feet position on squatting birth position? An innovative biomechanical pilot study. BMC Pregnancy and Childbirth, 19(1). https://doi.org/10.1186/s12884-019-2408-2

DiFranco, J. T., & Curl, M. (2014). Healthy Birth Practice #5: Avoid Giving Birth on Your Back and Follow Your Body’s Urge to Push. The Journal of Perinatal Education, 23(4), 207–210. https://doi.org/10.1891/1058-1243.23.4.207

Dundes, L. (1987). The evolution of maternal birthing position. American Journal of Public Health, 77(5), 636–641. https://doi.org/10.2105/AJPH.77.5.636

Gams, B., Neerland, C., & Kennedy, S. (2019). Reducing Primary Cesareans: An Innovative Multipronged Approach to Supporting Physiologic Labor and Vaginal Birth. Journal of Perinatal and Neonatal Nursing, 33(1), 52–60. https://doi.org/10.1097/JPN.0000000000000378

Gião, C.; Pinhão, R. (2012). Mapear o cuidado para regressar a casa: A Qualidade da Intervenção Educativa de Enfermagem no Planeamento da Alta da Pessoa Submetida a Transplante de Progenitores Hematopoiéticos (Dissertação de mestrado). Obtido de

https://comum.rcaap.pt/bitstream/10400.26/5475/1/Dissertacao%20mapear%20o%20cuidado%20para%20regressar%20a%20casa%20de%20claudia%20pinhao.pdf

Gizzo, S., Di Gangi, S., Noventa, M., Bacile, V., Zambon, A., & Nardelli, G. B. (2014). Women’s choice of positions during labour: Return to the past or a modern way to give birth? A cohort study in Italy. BioMed Research International, 2014. https://doi.org/10.1155/2014/638093

Gupta, J. K., Sood, A., Hofmeyr, G. J., & Vogel, J. P. (2017). Position in the second stage of labour for women without epidural anaesthesia. Cochrane Database of Systematic Reviews. John Wiley and Sons Ltd. https://doi.org/10.1002/14651858.CD002006.pub4

Huang, J., Zang, Y., Ren, L. H., Li, F. J., & Lu, H. (2019). A review and comparison of common maternal positions during the second-stage of labor. International Journal of Nursing Sciences. Chinese Nursing Association. https://doi.org/10.1016/j.ijnss.2019.06.007

Lin, Y. C., Gau, M. L., Kao, G. H., & Lee, H. C. (2018). Efficacy of an Ergonomic Ankle Support Aid for Squatting Position in Improving Pushing Skills and Birth Outcomes during the Second Stage of Labor: A Randomized Controlled Trial. Journal of Nursing Research, 26(6), 376–384. https://doi.org/10.1097/jnr.0000000000000262

Louwen, F., Daviss, B. A., Johnson, K. C., & Reitter, A. (2017). Does breech delivery in an upright position instead of on the back improve outcomes and avoid cesareans? International Journal of Gynecology and Obstetrics, 136(2), 151–161. https://doi.org/10.1002/ijgo.12033

Mineiro, A. (2016). A Posição Da Mulher No Trabalho De Parto. in Néné, M, Marques, R & Batista, M. (2016). Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica. Lidel, Lisboa, Portugal.

Miquelutti, M. A., Cecatti, J. G., Morais, S. S., & Makuch, M. Y. (2009). Posição vertical durante o trabalho de parto: Dor e satisfação. Revista Brasileira de Saude Materno Infantil, 9(4), 393–398. https://doi.org/10.1590/S1519-38292009000400002

Musie, M. R., Peu, M. D., & Bhana-Pema, V. (2019). Factors hindering midwives’ utilisation of alternative birth positions during labour in a selected public hospital. African Journal of Primary Health Care and Family Medicine, 11(1). https://doi.org/10.4102/phcfm.v11i1.2071

Nilsen, E., Sabatino, H., & Lopes, M. (2011). Dor e comportamento de mulheres durante o trabalho de parto e parto em diferentes posições. Rev Esc Enferm UPS 45(3):557-65. https://doi.org/10.1590/S0080-62342011000300002

Organização Mundial de Saúde. (1996). Assistência ao parto normal: Um guia prático. Genebra: Organização mundial de Saúde.

Peters et al. Chapter 11: Scoping Reviews (2020 version). In: Aromataris E, Munn Z (Editors). JBI Manual for Evidence Synthesis, JBI, 2020. Acedido em https://synthesismanual.jbi.global. Doi:10.46658/JBIMES-20-12

Santos, C. M. D. C., Pimenta, C. A. D. M., & Nobre, M. R. C. (2007). A estratégia PICO para a construção da pergunta de pesquisa e busca de evidências. Revista Latino-Americana de Enfermagem. Associacao Medica Brasileira. https://doi.org/10.1590/S0104-11692007000300023

Simarro, M., Espinosa, J., Salinas, C., Ojea, R., Salvadores, P., Walker, C., & Schneider, J. (2017). A Prospective Randomized Trial of Postural Changes vs Passive Supine Lying during the Second Stage of Labor under Epidural Analgesia. Medical Sciences, 5(1), 5. https://doi.org/10.3390/medsci5010005

Sousa, J. L., da Silva, I. P., Gonçalves, L. R. R., Nery, I. S., Gomes, I. S., & Sousa, L. F. C. (2018). Perception of puerperas on the vertical position in childbirth. Revista Baiana de Enfermagem, 32. https://doi.org/10.18471/rbe.v32.27499

WHO. (2018). WHO Recommendations: intrapartum care for a positive childbirth experience. WHO. Retrieved from http://www.who.int/reproductivehealth/publications/intrapartum-care-guidelines/en/

Zang, Y., Lu, H., Zhang, H., Huang, J., Ren, L., & Li, C. (2020). Effects of upright positions during the second stage of labour for women without epidural analgesia: A meta-analysis. Journal of Advanced Nursing. Blackwell Publishing Ltd. https://doi.org/10.1111/jan.14587