Fatores que afetam a qualidade de vida dos doentes hipertensos
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Resumo
A doença cardiovascular afecta simultaneamente o bem-estar físico, psicológico e social do individuo, justificando que se investigue a sua qualidade de vida. Assim, quando se pretende um bom tratamento da hipertensão, deveremos igualmente preocupar-nos com a qualidade de vida do doente. Objetivo: Avaliação da influência dos factores sóciodemográficos e clínicos na qualidade de vida dos doentes com hipertensão. Metodologia: foi realizado um estudo observacional e transversal, quantitativo e analítico em doentes hipertensos seguidos nas farmácias comunitárias. Os doentes foram seleccionados quando se dirigiam à farmácia para comprar um anti-hipertensor ou medir a pressão arterial. A cada um dos doentes foi aplicado um questionário que avaliava as variáveis sexo e idade, os sintomas presentes no último mês, a duração da hipertensão, o controlo da pressão arterial, comorbilidades, terapêutica diária, como variáveis independentes e a qualidade de vida (avaliada pelo questionário HYPER), como variável dependente. Resultados: A amostra foi constituída por 1876 doentes com hipertensão (44% homens e 56% mulheres), com média etária de 60.48±2.17 anos. O tempo médio de duração da hipertensão foi de 10.56±9.25 anos. A quantidade de fármacos diários (4.10±2.39) e o número de tomas diárias (2.50±1.09) foram muito variáveis. A comorbilidade mais frequente foi o colesterol elevado (42% dos doentes). Destacam-se 81.3% hipertensos com pressão arterial controlada. Os fatores preditivos independentes para a qualidade de vida foram a ausência de efeitos secundários, o controlo da pressão arterial e o menor consumo de fármacos diários. Conclusão: Os resultados mostram a necessidade de intervir nestes doentes em termos das representações da doença quando estas tenham um impacto na sua qualidade de vida. Uma intervenção em doentes com hipertensão é necessária se quisermos promover a qualidade e adaptação à doença por parte destes.
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