Pesquisas empíricas em práticas morais nas escolas brasileiras: o estado do conhecimento
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Resumo
Trata-se de uma pesquisa bibliográfica do tipo Estado do Conhecimento, que teve como objetivo identificar os artigos científicos brasileiros publicados em periódicos, entre 2002 a 2012, que descrevem pesquisas empíricas em Psicologia e Educação sobre as práticas morais escolares e analisar, à luz da teoria construtivista, se tais práticas são favoráveis ao desenvolvimento da autonomia moral dos alunos. As bases de dados pesquisadas foram Scielo e BVS. Usando os critérios de selecionarmos somente os estudos empíricos em Psicologia e Educação que pudessem conter as práticas escolares direcionadas a aprendizagem de valores, foram encontrados apenas 17 artigos. Tais artigos foram agrupados em 3 categorias: “educação moral, valores e aprendizagem: concepções e relação com a práxis docente”, “intervenção formativa”, e “intervenção na escola”. Apenas sete artigos relataram práticas escolares consideradas como favoráveis à construção da autonomia enfocando principalmente, o trabalho com o autoconhecimento, o conhecimento do outro e a participação ativa na organização do processo de aprendizagem. Contudo, em sua maioria, os benefícios oferecidos pelas práticas analisadas foram de curta duração por se tratarem de atividades pontuais; eram direcionados principalmente aos alunos, raramente envolvendo a escola como um todo e, portanto, pouco influenciaram na transformação do ambiente sociomoral da instituição. Constatou-se que, apesar de inúmeras escolas trabalharem com práticas morais e que há muitas pesquisas realizadas tanto na área da psicologia quanto da educação identificadas em teses e dissertações, são escassos os estudos brasileiros que são publicados em periódicos indexados e também são poucos os que propiciam maiores condições de favorecer o desenvolvimento da autonomia, sendo contínuos, tratando de métodos ativos, envolvendo a comunidade escolar e incluindo a formação dos profissionais da escola.
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