Otimização seletiva com compensação e intervenção gerontológica "life-span

Contenido principal del artículo

Alice Bastos
Joana Monteiro
Carla Faria

Resumen

Fatores tecnológicos, materiais, sociais e mentais associados à Cultura foram o principal motor para o aumento da longevidade no século XX e não mudanças no genoma geradas pela evolução da espécie. A otimização seletiva com compensação (SOC) pode ser vista como capacidade adaptativa - estratégias psicológicas de gestão da vida que garantem o processo de envelhecimento bem-sucedido. Inspirado nos princípios da Psicologia Desenvolvimental “Life-Span”, o SOC é simultaneamente um modelo e meta-modelo, na medida em que permite explicar quer mecanismos gerais do funcionamento humano, quer transformações em domínios específicos. A Equipa de Baltes e cols. Elaborou um instrumento para avaliar a capacidade adaptativa – SOC Questionnaire, útil para a intervenção gerontológica “life-span” - uma visão otimizadora da transformação desenvolvimental ao longo da vida, tomando como referência “life-events”. Este estudo analisa estratégias SOC em adultos mais velhos a participar em iniciativas autárquicas. Inclui 104 participantes, idade média 72,6 anos (DP = 5,9), predominantemente mulheres (80,8%), casados (61,5%), reduzida escolaridade (84,6%). Na recolha de dados utilizou-se um questionário sociodemográfico e a versão portuguesa do SOC-Questionnaire. Na análise da capacidade adaptativa em função das variáveis sociodemográficas observa-se uma diferença significativa entre mulheres e homens (p < 0,05), assim como uma interação significativa entre grupo e anos de escolaridade (p < 0,01). Independentemente do grupo, as mulheres pontuam mais baixo que os homens. Nas escolaridades mais baixas, a pontuação no SOC é superior no grupo de intervenção, enquanto nas escolaridades mais altas o grupo de comparação pontua mais alto. Esta tendência nos participantes com mais escolaridade deve ser interpretada com alguma reserva, dado que há poucos participantes nestes estratos. Estes resultados parecem promissores para o planeamento de intervenções “life-span”, enriquecendo a capacidade adaptativa ao longo da vida para lidar com situações de vida particularmente stressantes, como é o caso da Pandemia COVID-19.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Detalles del artículo

Cómo citar
Bastos, A., Monteiro, J. ., & Faria, C. . (2021). Otimização seletiva com compensação e intervenção gerontológica "life-span. Revista INFAD De Psicología. International Journal of Developmental and Educational Psychology., 1(1), 391–402. https://doi.org/10.17060/ijodaep.2021.n1.v1.2079
Sección
Artículos

Citas

Baltes, M. & Carstensen, L. (1999). Social-psychological theoriesand theirapplicationsto aging: From individual to collective. In V. L.

Bengston, & K. W. Schaie, Handbook of Theories of Aging (209-226). Springer.

Baltes, P. (1987). Theoretical propositions of life-span developmental Psychology: On the dynamics between growth and decline. Developmental Psychology, 23(5), 611-626. 10.1037/0012-1649.23.5.611

Baltes, P. & Baltes, M. (1990). Psychological perspectives on successful aging: The model of selective optimization with compensation. In P. Baltes & M. Baltes (Eds.), Successful aging: Perspectives from the behavioural sciences (pp. 1-34). Cambridge University Press.

Baltes, P. & Danish, S. (1980). Intervention in life-span development and aging. In R. Turner & H. Reese (Eds), Life-span developmental psychology – Intervention (pp. 49-78). Academic Press.

Baltes, P., Lindenberger, U. & Staudinger, U. (2006). Life span theory in developmental psychology. In R. Lerner & W. Damon (Eds.), Handbook of child psychology: Theoretical models of human development (pp. 569- 664). John Wiley.

Baltes, P. & Smith, J. (2003). New frontiers in the future of aging: From successful aging of young old to the dilemmas of the fourth age. The Gerontologist, 49(2), 123-135. 10.1159/000067946

Baltes, P., Staudinger, U. & Lindenberger, U. (1999). Lifespan Psychology: Theory and application to intellectual functioning. Annual Review of Psychology, 50(1), 471-507.

Bastos, A., Monteiro, J., Faria, C., Pimentel, H., Silva, S., & Afonso, C. (2020). Participação em programas de intervenção comunitária e qualidade de vida: Resultados de um estudo multicêntrico em Portugal. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, 23(6), Artigo e19007. 10.1590/1981-22562020023.190017

Carpentieri, J., Elliott, J., Brett, C. & Deary, I. (2017). Adapting to aging: Older people talk about their use of selection, optimization, and compensation to maximize well-being in the context of physical decline. The Journals of Gerontology Series B: Psychological Sciences and Social Sciences, 72(2), 351-361, 10.1093/geronb/gbw132.

Donellan, C., Hevey, D., Hickey, A. & O’Neil, D. (2012). Adaptation to stroke using a model of successful aging. Aging, Neuropsychology, and Cognition, 19(4), 530-547. 10.1080/13825585.2011.638976

Fratiglioni, L., Marseglia, A., & Dekhtyar, S. (2020). Ageing without dementia: Can stimulating psychosocial and lifestyle experiences make a difference? The Lancet, 9(6), 533-543, 10.1016/S1474-4422(20)30039-9.

Freund, A., & Baltes, P. (1998). Selection, optimization, and compensation as strategies of life management: Correlations with subjective indicators of successful aging. Psychology and Aging, 13(4), 531– 543. 10.1037/0882-7974.13.4.531

Freund, A. & Baltes, P. (2002). Life-management strategies of selection, optimization and compensation: Measurement by self-report and construct validity. Journal of Personality and Social Psychology, 82(4), 642- 662. 10.1037/0022-3514.82.4.642

Hodge, K., Danish, S. & Martin, J. (2012). Developing a conceptual framework for life skills interventions. The Counseling Psychologist, 41(8), 1125-1152, 10.1177/0011000012462073.

Kliegl, R., Smith,J., & Baltes, P. (1989). Testing-the-limitsand thestudy ofadultage differencesin cognitive plasticity of a mnemonic skill. Developmental Psychology, 25(2), 247–256. 10.1037/0012-1649.25.2.247

Lindenberger, U. (2014). Human cognitive aging: corriger la fortune? Science, 346(6209), 572-578. 10.1126/science.1254403

Lindenberger, U., Marsiske, M., & Baltes, P. B. (2000). Memorizing while walking: Increase in dual-task costs from young adulthood to old age. Psychology and Aging, 15(3), 417–436. 10.1037/0882-7974.15.3.417

Moreira, B. (2019). A Otimização Seletiva com Compensação no processo de envelhecimento: Um estudo preliminar com o “SOC Questionnaire” IPVC-ESE. http://hdl.handle.net/20.500.11960/2219

Organização Mundial de Saúde(2015). World report on ageing and health. http://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/186463/9789240694811_eng.pdf?sequence=1

Paúl, C. (2020). Prefácio. In R. Benavente (Coord.), Intervençao psicológica em gerontologia (pp. XIII-XVI). Pactor.

Rozario, P., Kidahashi, M., DeRienzis, D. (2011). Selection, Optimization and compensation: Strategies to maintain, maximize, and generate resources in later life in face of chronic illnesses. Journal of Gerontological Social Work, 54(2), 224-239. 10.1080/01634372.2010.539589

Smith, J., & Baltes, P. (1990). Wisdom-related knowledge: Age/cohort differences in response to life-planning problems. Developmental Psychology, 26(3), 494–505. 10.1037/0012-1649.26.3.494

Sugarman, L. (2001). Life-span development: Frameworks, accounts and strategies. Routledge.

Viguer Segui, P. (2004). Optimizacion evolutiva: Fundamentos del desarrollo optimo. Ediciones Piramide.