Pedagogia da infância: aprendendo com bruner
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Laburpena
A literatura científica tem revelado que as abordagens pedagógicas participativas que garantem os direitos da criança, reconhecem a sua competência e escutam a sua voz têm maior impacto na aprendizagem e na sua vida futura (Eurydice, 2009; OCDE, 2012; Oliveira-Formosinho, 2009; Siraj-Blatchford, Sylva, Muttock, Gilden y Bell, 2002). A este propósito, o relatório Starting Strong III (OCDE, 2012) realça que as crianças aprendem melhor: i) em abordagens pedagógicas integradoras, onde as aprendizagens cognitivas e sociais são entendidas como complementares e igualmente importantes; ii) quando estão ativas e envolvidas; iii) quando as interações são frequentes e significativas; iv) quando o currículo se baseia nas aprendizagens anteriores. A complexidade dos processos de participação reclama uma visão holística da práxis. As preocupações com a operacionalização de uma práxis participativa, levaram-nos a dialogar com as propostas Bruner (1966, 1984a; 1991a; 1991b; 1997; 1998; 2000; 2004; 2010; Bruner y Postman, 1949; Wood, Bruner, y Ross, 1976) cujos princípios oferecem importantes contributos para a pedagogia da infância. A linha pedagógica participativa faz emergir a visão integradora da práxis pedagógica, invocando a complexidade dos contextos, onde as crenças, os saberes, a teoria e a prática se realizam em combinações múltiplas. Este modo de fazer pedagogia valoriza a atividade e a competência da criança, centrando os objetivos no envolvimento que decorre das experiências significativas. A pedagogia cultural de Bruner constitui-se como um importante referencial para a implementação de uma praxis participativa em contexto escolar. Com este estudo pretendemos fazer a leitura das conceções de Bruner, tendo em conta as implicações da sua teorização nas dimensões da pedagogia da infância enunciadas por Oliveira-Formosinho (2007), espaço e materiais, tempo, interações, observação, planificação e avaliação.
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