Psicologia e educação: internacionalização do ensino e da investigação
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Resumo
A problemática da internacionalização da investigação e do ensino tem surgido como importante e atual, em várias áreas e diferentes modelos teóricos, destacando-se, no entanto, a escassez de investigações e a necessidade de aprofundamento das existentes. O objetivo geral desta Conferência foi considerar especificidades da internacionalização da investigação e do ensino em Psicologia e Educação. Falar da dimensão transnacional da investigação e do ensino implicou considerar variáveis como educação e valores, humanização, democratização, fragilidades, investimentos, espaços de conhecimento, visibilidade, avaliação, projetos e acordos bilaterais. O problema considerado foi o seguinte: Como se processam as relações entre estas variáveis, atendendo a múltiplas interações que as condicionam, levantando desafios globais e buscas de interação entre países? O conceito de internacionalização da educação superior surge com uma diversidade de termos relacionados e várias fases de desenvolvimento. A internacionalização foi conceptualizada como trocas internacionais relacionadas com a educação, e a globalização foi entendida como uma fase avançada do processo de internacionalização (Bartell, 2003). Constatou-se a falta de estudos empíricos, embora se encontrem perspetivas conceptuais que deixam antever hipóteses de respostas aos problemas de afirmação da Psicologia e Educação, nos desafios derivados da internacionalização da investigação e ensino, em geral e no espaço de conhecimento luso-americano. Pôde constatar-se que, ao longo da História, o maior erro da educação e da ciência foi “dar ajuda ao mais potente”, na guerra e na fome. Conclui-se que urge humanizar a ciência e, internacionalizando-a, levá-la aos cidadãos, qualquer que seja o país onde se encontrem. Implicações sociopolíticas são referenciadas, bem como sugestões de intervenção, rumo a uma educação para todos.
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